A corrupção e o despudor da classe politiza nativa são famosos internacionalmente.
Nos últimos 16 anos, essa fama extrapolou todos os parâmetros globais e se revelou a mais grandiosa corrupção da história moderna.
Pensando sobre as reações externas da “internacionalização” da fama de corrupto incomparável, grudada na imagem do país, me vi em meio à suposições curiosas.
Me veio à mente uma hipótese que achei bem razoável.
A foto de uma queimada na região amazônica ocorrida, claro, antes da morte do autor em 2003 e publicada dias atrás por Macron, me levou a refletir sobre “outros'” significados para a “falha” informacional na comunicação do presidente francês.
Me passou pela cabeça que essa ação foi intencional,não uma ‘falha’.
O sistema de informação e confirmação de dados do governo francês não é aparato amador. É um aparato sofisticado,gabaritado e profissional.
Ali não tem hacker de Araraquara.Muito menos “editores” desastrados de trechos de violações de privacidade.
Macron sabia que a aquela foto registrava o “ponto alto” da devastação da floresta amazônica. Sabia o nome do autor,assim como sabia que ele morreu em 2003 e,portanto, não poderia processa-lo pela farsa e por não ter dado o devido crédito.
A grosseira malandragem do Macron revela uma tática supostamente sutil que fracassou.
Quem já tinha visto a foto e os especialistas em Amazônia, identificaram de imediato que Macron apontava os responsáveis – sem dizer mas, desviando a farsa para o governo em curso quando, de fato, ocorreu no governo Lula a maior queimada de todos os tempos na região, publicada na National Geographic, de autoria de Loren McIntyre.
A mesma tática dos corsários, Macron repetiu hoje, ao anunciar uma chantagem em troca de um butim para os eventuais parceiros.
O corsário francês se embrenhou na sedução.
O alvo agora é a “internacionalmente” famosa veleidade da classe política nativa que governa de olho na isca da grana fácil.
Macron anunciou que “vai se reunir com governadores da Amazônia caso o governo federal negue a ajuda do G7”
Epa!
O G7 é um grupo de tolinhos dispostos a queimar dinheiro europeu em parcerias com gente mundialmente conhecida como Corruptos Implacáveis?
Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial “Em Busca da Essência” Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.