9 de outubro de 2024
Adriano de Aquino

G7: o grupo dos tolinhos

 

Britain’s Prime Minister Theresa May, Germany’s Chancellor Angela Merkel, U.S. President Donald Trump, Canada’s Prime Minister Justin Trudeau, France’s President Emmanuel Macron, Japan’s Prime Minister Shinzo Abe and Italy’s Prime Minister Giuseppe Conte pose for a family photo at the G7 Summit in Charlevoix, Quebec, Canada, June 8, 2018. REUTERS/Leah Millis – Veja Abril

A corrupção e o despudor da classe politiza nativa são famosos internacionalmente.
Nos últimos 16 anos, essa fama extrapolou todos os parâmetros globais e se revelou a mais grandiosa corrupção da história moderna.
Pensando sobre as reações externas da “internacionalização” da fama de corrupto incomparável, grudada na imagem do país, me vi em meio à suposições curiosas.
Me veio à mente uma hipótese que achei bem razoável.
A foto de uma queimada na região amazônica ocorrida, claro, antes da morte do autor em 2003 e publicada dias atrás por Macron, me levou a refletir sobre “outros'” significados para a “falha” informacional na comunicação do presidente francês.
Me passou pela cabeça que essa ação foi intencional,não uma ‘falha’.
O sistema de informação e confirmação de dados do governo francês não é aparato amador. É um aparato sofisticado,gabaritado e profissional.
Ali não tem hacker de Araraquara.Muito menos “editores” desastrados de trechos de violações de privacidade.
Macron sabia que a aquela foto registrava o “ponto alto” da devastação da floresta amazônica. Sabia o nome do autor,assim como sabia que ele morreu em 2003 e,portanto, não poderia processa-lo pela farsa e por não ter dado o devido crédito.
A grosseira malandragem do Macron revela uma tática supostamente sutil que fracassou.
Quem já tinha visto a foto e os especialistas em Amazônia, identificaram de imediato que Macron apontava os responsáveis – sem dizer mas, desviando a farsa para o governo em curso quando, de fato, ocorreu no governo Lula a maior queimada de todos os tempos na região, publicada na National Geographic, de autoria de Loren McIntyre.
A mesma tática dos corsários, Macron repetiu hoje, ao anunciar uma chantagem em troca de um butim para os eventuais parceiros.
O corsário francês se embrenhou na sedução.
O alvo agora é a “internacionalmente” famosa veleidade da classe política nativa que governa de olho na isca da grana fácil.
Macron anunciou que “vai se reunir com governadores da Amazônia caso o governo federal negue a ajuda do G7”
Epa!
O G7 é um grupo de tolinhos dispostos a queimar dinheiro europeu em parcerias com gente mundialmente conhecida como Corruptos Implacáveis?

Adriano de Aquino

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

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