28 de março de 2024
Adriano de Aquino Colunistas

“A banalidade do mal”

Imagem: Google Imagens – YouTube

A ‘Banalidade do mal’, conceituada com precisão por Hannah Arendt é uma sentença moral contra a manipulação ideológica e a consequente alienação dominante.

Seu conceito atravessa o tempo. É uma denúncia ao período e aos crimes praticados por homens medíocres “cumprindo ordem superior” nos campos de concentração, durante a Segunda Guerra Mundial. O uso indiscriminado da sigla ‘nazifascismo’ vem se revelando uma forma de ‘banalização do mal’, porém, velada, de minimizar a barbárie nazista/Holocausto.

O ‘esquerdinha’ militante tenta disfarçar mas não consegue esconder sua hipocrisia quando assim rotula inimigos políticos de ocasião ou quando acusa Israel de nazismo por se defender dos ataques do Hamas. Já falei sobre isso antes. Estou de saco cheio de repetir que o ativismo progressista é irresponsável e burro quando alimenta uma mentalidade medíocre, se apropriando de um termo de grande significado histórico para toda humanidade apenas para ofender seu adversário político, bem ao estilo dos burocratas da opressão de ontem e de hoje que cometem atrocidades obedecendo ‘ordem superior’.

Hoje, uma matéria do MailOnLine confirma minha preocupação.

Aos poucos, ações e atitudes irresponsáveis no tocante a tragédias históricas vem entorpecendo mentes desprevenidas propicias a manipulação.

A coisa avança e chegou a tal ponto que o Atlantic Sports Bar & Restaurant em Tiverton, RI, comparou a onda de calor do verão aos fornos nos campos de concentração nazistas.

A funcionária ‘não sabia’ que a menina retratada no meme era Anne Frank.

O dono do restaurante também teria achado o meme ‘engraçado’.

Depois o Atlantic emitiu um pedido de desculpas pelo post e o deletou sua página no Facebook.

Adriano de Aquino

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

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