28 de março de 2024
Colunistas Priscila Chapaval

Eu e minha amiga Vera

Conheci a Vera em Ubatuba há muito tempo e foi uma das pessoas mais importantes na minha vida.

Vera morava em Ubatuba com seu filho Beto.Tinha perdido seu marido Alberto que faleceu num acidente de carro na estrada indo para Ubatuba . E desde então ela não saiu mais de lá. Construiu a casa bem no estilo mineiro (Vera é Minas) numa costeira , onde se via boa parte das praias do litoral norte. Sua casa lá era o point de todos os amigos, a maioria publicitários.

Passei ótimas temporadas em sua casa, e ela super acolhedora não deixava a gente ir embora.

Como toda mineira os almoços na casa dela eram imperdíveis. A Eunice, caseira e cozinheira, fazia aquela comida trivial no forno de lenha. Gente, me dá água na boca quando lembro do sabor do tempero.

E tinha a Marisinha sua fiel escudeira que era o faz-tudo: cuidava dos cachorros, resolvia pequenos problemas da casa, e acima de tudo mergulhava no mar e trazia mariscos fresquinhos. Uma caiçara que sabia o lugar certo para pescar. Muitas vezes ia com ela nas até as pedras e a gente mergulhava no marzão da costeira da Ponta Grossa.

Lá conheci pessoas incríveis e muitas ficaram amigas até hoje.

O lugar da casa da Vera era na Ponta Grossa próximo do farol, onde íamos ver o por do sol mais lindo que já vi.

Beto seu filho adolescente adorava surfar. E sempre vinham seus amigos onde todos saíam bem cedinho para pegar onda. E voltavam de tarde com uma fome!!!!

À noite nos reuníamos na sala e rolava uma tranca só com as amigas.

E era uma delícia.

Uma das parceira de tranca era a Estela, sua cunhada, que morava em Minas e vinha sempre com sua filha Fernanda pré-adolescente. Fê ia toda hora interromper nosso jogo pedindo para a mãe ir dormir com ela. A gente queria jogar e ela atrapalhava, dava vontade de jogá-la no mar!

Anos se passaram e um belo dia Fernanda me liga. Não a via há muitos anos e Vera deu meu telefone a ela. Soube que ela tinha se casado e era mãe de 3 meninas lindas, adolescentes. Fê me pediu para dar uma opinião na casa nova dela em SP. Ficamos próximas e dei umas ideias de como decorar aqui e ali na casa.

Um dia Fernanda me convida para passar a Páscoa em Angra onde a família do seu marido tinha uma casa.

E eu aceitei o convite. Fomos de carro e quando chegamos no estacionamento em Angra, havia uma traineira nos esperando. Os rapazes colocaram as malas no barco e lá fomos nós. Eu não sabia que a casa ficava numa ilha. Ilha do Café. Ou Ilha de Caras.

Quase não acreditei que ficaria naquele Paraíso e cheio de mordomias.

A família alugava a casa para a Revista Caras no verão. E depois usavam o resto do tempo.

Não preciso dizer que foram os dias mais emocionantes que passei.

Depois eu conto como foi a minha estadia me sentindo uma pessoa “famosa” . Foi muito muito bom. E claro devo a Vera mais essa. Amiga para sempre.

Priscila Chapaval

Jornalista... amo publicar colunas sobre meu dia a dia...

Jornalista... amo publicar colunas sobre meu dia a dia...

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *