7 de novembro de 2025
Ligia Cruz

O Hamas não quer a paz

Não dá para confiar no Hamas, porque terrorista não tem palavra. Prova disso é a recusa à proposta de paz mediada pelos Estados Unidos.

Se aceitasse a proposição feita por Donald Trump para encerrar a guerra, sua finalidade deixaria de existir. Principalmente agora que a esquerda mundo afora, insuflada pela mídia progressista, “comprou” a ideia de que Israel é contra a criação do estado da Palestina e mata mulheres e criancinhas por pura maldade.

Virou moda “woke” portar os tradicionais lenços quadriculados keffiyeh, como se fossem uma iniciativa identitária de adesão à causa palestina. Uma espécie de movimento político que defende um lado, sem se importar com o fato de que é massa de manobra de uma organização terrorista armada pelo Irã.

Mas o Hamas não quer paz e nem é de esquerda. Usa a ideologia para concretizar seu projeto de destruição do estado de Israel. É só o que importa.

Por isso, seu objetivo é dar continuidade à toda a desgraceira que promove na faixa de Gaza e região, usando o povo como escudo, sob o pretexto de que está sendo atacado e apenas defendendo-se.

No entanto, não foi Israel que invadiu uma festa jovem e comunidades de kibutz, em 7 de outubro de 2023, assassinando famílias inteiras, estuprando mulheres e degolando bebês. Cenas horríveis de puro terror, disponíveis na internet para quem tem estômago de ver. Mais de 1.500 vítimas entre mortos e feridos foram feitas em um só dia. Uma verdadeira chacina.

Nenhum dos países vizinhos, como Egito, Arábia Saudita, Jordânia apoia o Hamas. Todos sabem que é um proxy iraniano, armado e orientado pelos aiatolás, que têm o propósito de dominar toda a região, implantar o islamismo xiita. Nos mesmos moldes do que fez na antiguidade o império persa, sem o caráter religioso.

Portanto, a chance dessa guerra chegar a um fim próximo está afastada. O Hamas precisa sangrar vítimas palestinas, submetendo-as à fome e à miséria absoluta, para convencer o mundo civilizado que a culpa é de Israel.

Na verdade, é Israel que está se defendendo dos ataques simultâneos do Hamas, a partir de Gaza, do Hezbollah, desde o Líbano, dos Houthis do Iêmen e do próprio Irã. Se o país não tivesse uma infraestrutura de defesa antibombardeio de alta tecnologia, já estaria destruído.

Benjamin Netanyahu pode ser uma personalidade polêmica, mão de ferro, mas não dá para ser brando no contexto geopolítico violento em que Israel se encontra.

Obvio que há vítimas civis em meio ao caos. Não sejamos hipócritas. Embora os ataques do exército israelense sejam cirúrgicos e os alvos anunciados para evacuação há os efeitos colaterais e ninguém fica feliz com isso. Mas o Hamas não permite que as pessoas saiam. Precisa delas como vítimas para sangrar e usar suas imagens como estratégia de marketing fúnebre.

O povo palestino não reconhece a liderança do Hamas. É refém dele. Toda ajuda humanitária que adentra pela Faixa de Gaza é tomada pelo grupo e liberada em quantidades módicas para venda, não doação, como deveria. Nada impacta mais como apelo de guerra do que a fome. Pior que a própria morte e terrorista sabe disso.

Esse bando de ativistas de flotilhas que volta e meia se organiza e segue pelo Mediterrâneo rumo à costa israelense, liderado pela sueca esquisóide, Greta Thunberg, é financiado pelo escritório do Hamas na Europa. Não há ajuda efetiva nesses barcos, é só provocação, estratégia de desgaste da imagem pública do estado de Israel. E assim têm sido com os atos públicos realizados por toda a Europa. Ninguém grita contra o Hamas, grita contra Israel, rasga sua bandeira e desperta o antissemitismo pelo mundo.

Israel não é o artífice do mal na região do Levante. Não começou essa guerra e quer reaver os 48 reféns do fatídico 7 de outubro que ainda estão em poder dos terroristas.

O primeiro-ministro e homem forte do estado israelense está irredutível em pacificar enquanto o Hamas existir. Ele se empenha em destruir toda e qualquer ameaça, rebelião ou grupo que represente perigo à sobrevivência de Israel.

Com isso, a criação do estado palestino está mais longe de se concretizar. E a culpa é do Hamas e do Irã.

Ligia Maria Cruz

Jornalista, editora e assessora de imprensa. Especializada em transporte, logística e administração de crises na comunicação.

Jornalista, editora e assessora de imprensa. Especializada em transporte, logística e administração de crises na comunicação.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *