Deve estar saindo agora o livro do ex-ministro Mandetta sobre a pandemia : Um paciente chamado Brasil.
É, entre outras, uma denúncia. Mandetta informou a Bolsonaro que 180 mil pessoas poderiam morrer se não houvesse uma política decidida do governo. Bolsonaro reagiu com raiva.
Lembra o livro de Bob Woodard nos EUA. Nele, Trump aparece como alguém que sabia da gravidade do coronavírus mas preferiu esconder isto, argumentando que não queria alarmar as pessoas.
Pelo menos, teremos três dias de sol, a julgar pelas previsões. É o que nos resta.
O negacionismo de Bolsonaro era basicamente fundado na economia. O Presidente tinha medo de um declínio econômico, ainda que momentâneo, com grandes repercussões no seu governo.
O dilema de Bolsonaro se estende a toda a sociedade e agora ganhou também o futebol. O Flamengo tem 16 atletas contaminados e os que restaram podem estar contaminados também.
No entanto, a CBF decidiu que a partida entre Flamengo e Palmeiras tem de acontecer de qualquer maneira.
Os dirigentes de futebol no Brasil falam pelos seus atos. Dispensam comentários. São adversários do meu trabalho.
Convocaram uma reunião para discutir a volta do público aos estádios mas a fizeram pela internet, por questão de segurança.
Fotógrafo da natureza há mais de 50 anos, Araquem Távora deu um depoimento comovente sobre o que viu no Pantanal. Suas fotos são um soco no estômago.
Tom Jobim tinha razão quando disse que para comprar uma caixa de fósforo no Brasil deveria ser preciso uma licença. É uma arma na mão de pessoas com má intenção ou mesmo descuidadas.
A Força Tarefa na Amazônia aplicou multas no valor de R$893 milhões aos desmatadores e incendiários. Esses números não me impressionam pois no Brasil essas multas são empurradas com a barriga.
Mas é o tipo de ação que desmente a fala de Bolsonaro na ONU onde afirmou que as queimadas eram feitas por índios e caboclos.
Fonte: Blog do Gabeira