28 de março de 2024
Colunistas Fernando Gabeira

Diário da crise CDXXXIV

No momento em que o Brasil atinge a marca de 500 mil mortos pelo coronavírus, manifestações em 11 capitais pedem a saída de Bolsonaro, vacinas e ajuda emergencial de R$600.

No momento em que escrevo, está apenas começando aquela que costuma ser a maior manifestação do Brasil, a de São Paulo.

Alguns especialistas esperam uma situação ainda pior se não for alterada a política sanitária no Brasil. Alguns acham que podemos ultrapassar os EUA em número de mortos, apesar da diferença entre as populações.

Vai ser preciso intensificar o ritmo da vacinação e, ao mesmo tempo, determinar medida que a OMS considera que a variante Delta, surgida inicialmente, na Índia, está se tornando a forma dominante de contaminação.

Países que pareciam ter superado a fase de restrições e se prepararam para abrir ao turismo, como Portugal, tiveram que recuar.

É importante acompanhar essas idas e vindas no mundo, porque muito provavelmente acontecerão aqui. O jornal O Globo acha que é possível vacinar 70 por cento da população brasileira até setembro.

Os EUA vacinaram até agora 55 por cento da sua população. Vamos esperar para ver se essa previsão se confirma.

As manifestações no Brasil voltam a recolocar a questão do impeachment de  Bolsonaro. É difícil porque a Câmara é dominada por ele. Mas é uma proposta mais transparente do que apenas esperar que Bolsonaro se desgaste para vencê-lo nas eleições de 2022.

Já temos meio milhão de mortos e a outra parte do milhão pode acontecer se não houver uma política responsável.

Segue a caçada cinematográfica a Lázaro Barbosa, pelo interior de Goiás. Ele teria sumido numa cidade chamada Cacauzinho distante 70 kms de Brasília.
Hoje, li a entrevista de uma mulher que Lázaro violentou no passado. Segundo ela, ele tem ódio de mulher.

Goza sua liberdade em áreas tão pouco povoadas.

Ontem, numa live que fiz para o público de Goiás, lembrei que, no futuro, essa caçada vai dar um filme. Fugir no Cerrado não é tão fácil assim.
 Dia escuro no Rio. Fui nadar temendo pela água fria e descobri que estava levemente aquecida. O problema foi deixá-la e receber o vento da manhã.
Estou dividido entre dormir um pouco mais nesse sábado ou avançar na leitura. Há livros que são bons para ler, outros só resistem quando não há sono atrasado.

Fonte: Blog do Gabeira

Fernando Gabeira

Jornalista e escritor. Escreve atualmente para O Globo e para o Estadão.

Jornalista e escritor. Escreve atualmente para O Globo e para o Estadão.

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