Hoje foi um dia de trabalho intenso. Mesmo assim, faço o diário, ainda que seja para deixar apenas uma frase marcando o dia.
Aquela história do Bolsonaro de ameaçar os Estados Unidos com sua pólvora, rendeu. Escrevi um longo artigo para o Estado de São Paulo e imaginei o general Mourão e alguns militares reformados que jogam vôlei no Posto Seis, em Copacabana, invadindo a Pensilvânia, para resolver o problema.
Não era uma imagem inútil. Não temos pólvora. As Forças Armadas gastam R$28 bilhões com salários e aposentados. Têm apenas R$4 bilhões para material de consume e mais R$4 bilhões para equipamentos.
Lancei pela televisão a imagem do filme o Rato que Ruge, que é a história de um pais pobre que provocou uma guerra na esperança de que o outro mais rico solucionasse seus problemas, após uma super previsível vitória. É um filme engraçado. Vale a pena dar uma olhada se puderem encontrá-lo.
As pesquisas sobre a CoronaVac voltaram, depois da confusão promovida pela Anvisa. Acho o Brasil muito complacente com os crimes de Bolsonaro. Considero um crime afirmar, sem provas, que a vacina leva à morte, invalidez e anomalias.
Mas está valendo tudo. Ele fala o que quer. O problema central com os Estados Unidos e China está passando um pouco ao largo. É a tecnologia 5G. Bolsonaro tende a expulsar os chineses desse setor no Brasil, apesar de estarem já presentes com equipamentos.
Vai ser a moeda de troca para negociar com Biden. Mas é uma ilusão esperar que Biden, em troca disso, faça vistas grossas para a destruição da Amazônia.
Com um pouco mais de calma, Bolsonaro vai decidir pelo diálogo. Muita gente lembrou que a pólvora é uma invenção chinesa e sugeriu mamona, munição nacional. Não creio que teremos mamona para tanto.
Fonte: Blog do Gabeira