12 de outubro de 2024
Adriano de Aquino

Casamento Real x Farsa Eleitoral

Foto: Arquivo Google – RFI

Fim de Semana. Torcidas em confronto: Casamento Real x Farsa Eleitoral.
A torcida ‘progressista’, enlevada com a vitória do ditador da corte chavista da Venezuela, aplaudiu o resultado da farsa eleitoral em que apenas 12% dos ‘súditos’ do ditador Maduro foram as urnas para dar continuidade a tirania que controla a ferro, fogo e fome o poder político no país desde 1999.
Quando a farsa eleitoral na Venezuela atingir apenas 1% do coeficiente eleitoral, o ditador governará um país com uma população menor que o numero de membros do parlamento inglês. Os demais terão sido mortos,presos ou fugidos do país.
Alguns adeptos dessa farsa, contestada por vários países democráticos mundo afora, criticaram as nupciais de um príncipe inglês com uma plebeia, apontando o casório como uma farsa.
O paradoxo revela a estreiteza das mentes dos militantes progressistas que sustentam, aplaudem e confiam na farsa travestida de ‘república bolivariana’, com a mesma ênfase com que vaiam o casamento real, que distinguem como a grande farsa do sistema político inglês.
É incrível o poder da estupidez. Comparar a farsa republicana bolivarianista com a monarquia constitucional/parlamentar britânica, desprezando o longo percurso histórico de uma Inglaterra democrática, é uma burrice cavalar. O sistema inglês tem características próprias. Esse sistema pode (e é) criticado de várias formas, menos pela pecha de ser uma ditadura. Ainda que o Primeiro Ministro não seja eleito pelo voto direto (em torno de 0,1% da população vota para o cargo) o eleito (ele ou ela) assume a cada 5 anos. Sempre na primeira quinta-feira de maio. Algumas reformas vem mudando aspectos do sistema. Antes, a data das eleições dependia da escolha do partido no poder e a lei só determinava que o intervalo máximo seria de 5 anos.
Com isso, os que estavam no poder podiam escolher um momento que fosse mais adequado a seus interesses.
Hoje, é diferente nesse e em outros aspectos.
A Rainha tem poder para dissolver o parlamento levando os membros a perderem seus mandatos.
Os soberanos britânicos acumulam os títulos de chefe de Estado do Reino Unido, chefe das Forças Armadas britânicas, da Comunidade Britânica e da Igreja da Inglaterra.
Teoricamente, tem o poder de dissolver o Parlamento e nomear um novo primeiro-ministro.
Mas este poder é apenas simbólico e visa manter os vínculos com a tradição. Entretanto, se um soberano inglês fizesse isso provocaria uma crise constitucional sem precedentes em uma das mais antigas monarquias da Europa.
Ora, a república bolivarianista de Maduro faz isso como e quando quer. Dissolve a assembleia e monta outra moldada apenas nos seus interesses.
Isso é uma república? É uma democracia?
O que os progressistas apoiam e aplaudem é uma fraude que não é monárquica, republicana e muito menos democrática.É uma Ditadura!

Adriano de Aquino

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

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