O vandalismo da prefeitura do Rio na Linha Amarela demonstra, para quem ainda tinha dúvida, que esse prefeito não tem competência para ocupar esta função. Além do modelo falido de administração, estimula práticas de violência inaceitáveis num regime democrático.
A truculência do prefeito Crivella podemos interpretar como um factoide a fim de jogar para a plateia. Os contratos são assinados por ambas as partes e pressupõe-se concordância plena entre elas. Houve um investimento de uma instituição privada, que pretendia obter o retorno no tempo esperado. Se já o obteve, cabe às partes negociar para estabelecer de forma justa o valor do pedágio. É assim que a banda toca. Destruir cabines fere um mínimo de bom senso. No frigir dos ovos, a conta será paga pela sociedade, e o senhor prefeito ainda se arvora em se candidatar à reeleição.
Gostaria de entender por que as cabines da Linha Amarela foram destruídas por máquinas pesadas. Não bastaria elevar as cancelas, liberando, assim, a passagem dos carros, uma vez que a decisão era passível de ser revertida pela Justiça?
Veste-se como carrasco e juiz e desclassifica qualquer alternativa de solução legal. E o pior da história: os cariocas, já tão combalidos com a crise na cidade, terão que pagar a conta desse prejuízo populista e insano. O certo seria arrolar bens desse prefeito para custear a violência causada por ele.
Estamos todos estupefatos com a ação deste homem que, por circunstâncias do quadro político decadente do Rio, chegou à prefeitura. Mais uma vez fomos enganados e agora testemunhamos sua verdadeira face: Crivella, o predador, que destrói violentamente nossa cidade e ainda deseja que os cariocas paguem as contas da sua truculência e incapacidade administrativa. O Ministério Público tem que responsabilizá-lo pelos danos causados ao Rio e à imagem do país mundo afora.
As eleições estão chegando. Cariocas, fiquem atentos.