Como prometido na semana passada, aqui está a segunda parte sobre Bruxelas.
Não podia deixar de mostrar um bairro que muito me encantou e que não é tão visitado. É o Bairro Europeu, que é assim chamado por lá estar uma das sedes do Parlamento Europeu. Aliás, só para a gente avivar a memória, são três as sedes do Parlamento Europeu: em Estrasburgo (que é a sede oficial), em Luxemburgo (onde está o secretariado da instituição) e em Bruxelas (onde acontecem as sessões extras e as reuniões de comissões).
Ninguém pode imaginar como esse bairro seja tão arborizado, com parques tão lindos, ruas aconchegantes e casas super simpáticas. Não há trânsito, e são poucos os turistas.
Pude ter essa experiência por uma semana. Eu estava hospedada no Hôtel Sofitel Europe, no coração do bairro, bem ao lado do Parc Léopold. Os hóspedes em geral eram homens de terno e gravata mas, ao passear pelas ruas e parques, cruzava com pessoas locais, entretidas com suas próprias vidas. Adoro me sentir como uma local, sempre me passa a impressão de pertencimento.
Como mencionei o Parc Léopold, vamos a ele. Hoje um oásis composto de lago, patos e muito verde ao redor, no passado foi Jardim Zoológico Real. Há algumas construções expressivas pelo parque, como o Museu de História Natural, que abriga a maior galeria de dinossauros da Europa e o Museu de História Européia. E também a Biblioteca Solvey, uma elegante mansão, e, é claro, o Parlamento Europeu, que chama a atenção por sua arquitetura bem moderna.
Mas o bom mesmo do Parc Léopold é passear no entorno do lago e se sentar para curtir momentos únicos de beleza e paz de espírito.
A gente avista parte do Parlamento Europeu de várias áreas do Parc Léopold. Eu inclusive podia vê-lo do quarto do nosso hotel, o que achava um plus da minha hospedagem.
O Parlamento Europeu oferece várias opções de visitação, e são todas gratuitas. É só acessa o link: visiting.europarl.europa.eu/pt. Aparecerá escolhas para o visitante na tela. Escolha da sede (no caso, Bruxelas), tipo de visita (individual, família, grupo ou escolar) e data. Depois é só clicar em “pesquisar nossa proposta” e várias opções de visita serão oferecidas. Adorei!
Há uma rua ao lado do Parlamento Europeu que vale conhecer: é a Rue Valtier. No começo dela está localizado o Museu de História Natural, que mencionei no início desse texto. A rua é o maio charme, com casas antigas e lindinhas. Imagino ser um endereço muito exclusivo.
Há muitas opções de restaurantes e bares no Bairro Europeu, inclusive no entorno do Hotel Sofitel Europe onde me hospedei.
Há também um mercado de rua muito simpático, que acontece aos domingos até às 13h. Fica na Place Jourdan, bem em frente ao Hotel Sofitel. Uma bela variedade de produtos, ainda mais levando-se em consideração que era inverno, com temperaturas muito baixas.
Há também um mercado orgânico na Place du Luxembourg, por trás do Parlamento Europeu, mas não cheguei a visitá-lo.
Fui tantas vezes ao Parc Léopold e tanto explorei o seu entorno, que só fui rapidamente conhecer o Parc Cinquentenaire, bem próximo. É uma atração importante da cidade. São 30 hectares de parque que foi inaugurado em 1880 como comemoração pelos 50 anos da independência da Bélgica.
Os jardins são extensos e as alamedas levam ao grande Pavilhão das Paixões Humanas, onde, no centro, encontra-se um arco do triunfo de três arcadas, que se transformou em um marco do parque.
Nesse pavilhão encontramos alguns museus interessantes, como o Museu Real de Arte e História, o Museu Militar e o Autoworld, para os amantes de carros, motocicletas e carruagens. Se houver tempo vale conferir!
“Arquiteta de formação e de ofício por muitos anos, desde 2007 resolveu mudar de profissão. Desde então trabalha com turismo, elaborando roteiros e acompanhando pequenos grupos ao exterior. Descobriu que essa é sua vocação maior.”
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