A “Guerra dos Cem Anos”, ocorrida entre 1337 e 1422, foi vencida pela França.
Na verdade, não foi uma guerra contínua, mas uma sucessão de batalhas, travadas entre a França e Inglaterra, envolvendo cinco gerações de reis de duas dinastias rivais.
A guerra centenária teve o significado histórico de arraigar o sentimento patriótico.
Para se construir a democracia brasileira houve também uma sucessão de batalhas institucionais.
A população foi às ruas através do movimento popular “As Diretas JÁ”, exigindo eleições presidenciais pelo voto popular.
O Brasil democrático é vitorioso até hoje…
Em setembro de 2018, o ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, solto, sem cumprir os 30 anos de condenação de prisão da Lava-Jato, declarou ao jornal El País, que “não acreditava na vitória de Jair Bolsonaro” e que “dentro do país é uma questão de tempo pra gente tomar o poder. Aí nós vamos tomar o poder, que é diferente de ganhar uma eleição”.
A conspiração da volta ao poder começou, antes da derrota do PT nas urnas de 2018 com a indicação de um Ministro para o Supremo, capaz de ajudar o PT a anular as condenações de seus líderes no Judiciário.
Escolheram a dedo o Togado.
Na sabatina no Senado, o indicado admitiu que “em 80, fez a maior mobilização para fundar o PT, se influenciou pelas “leituras de Karl Marx e de Lenin” e foi contra a ditadura militar.
Antes da sua posse, acertou com o Presidente Lula o timing perfeito da estratégia da missão.
Sem contratempos, o novo Ministro, cujo mandato só termina quando atingir os 75 anos, conseguiu o quórum do Colegiado para que o ex-presidiário Lula, condenado por corrupção em todas as instâncias, fosse solto, após 580 dias na prisão VIP de Curitiba.
Em seguida, veio a surreal decisão do STF, por 8 votos a 3, que confirmou “a anulação das condenações do ex-presidente Lula na Lava-Jato” e facilitando que seja candidato na eleição de 2022.
Já a destruição da imagem do Presidente, eleito democraticamente, exige mais tempo.
A milícia petista e a sórdida mídia patrocinam o “movimento FORA BOLSONARO”.
No marketing do ódio, o Presidente é xingado de nazista, genocida, agressor de mulheres, etc…
Depois, veio a ópera bufa da CPI da Covid, transformada em palanque eleitoral para ribombar as calúnias contra o Presidente, o seu governo e os militares.
No dia 1 de agosto, o povo brasileiro foi às ruas em consagradora manifestação para exigir da Câmara a adoção JÁ do voto impresso auditável, defendida entusiasticamente pelo Presidente da República e utilizado nos países que respeitam o voto “limpo e democrático”.
Uns Togados do STF reagiram em defesa do voto digital, apesar das comprovadas fraudes. Acusaram o Presidente de antidemocrata e abriram processos penais contra ele.
Um Ministro do STF foi pessoalmente à Câmara pressionar os deputados a votarem contra a mudança do processo eleitoral vigente.
O voto impresso acabou sendo rejeitado.
A mídia vazou um vídeo sonoro do Ministro, às gargalhadas com sua triunfal intervenção: “Eleição, não se vence, se toma”.
Na 6ª feira, 13 de agosto, o Brasil foi surpreendido com prisões ilegais e arbitrárias, decretadas por outro Togado contra dois apoiadores do Presidente da República.
É uma questão de tempo até o 7 de setembro e o grito de Don Pedro: “Independência ou morte”!
Que Deus proteja o Brasil da marcha da insensatez da ditadura do Supremo.
Advogado da Petrobras, jornalista, Master of Compatível Law pela Georgetown University, Washington.