25 de abril de 2024
Colunistas Ilmar Penna Marinho

Uma ONU virtual na deserta Nova York – 01 de outubro de 2020

A cidade de Nova York, onde mais de 23 mil pessoas morreram de Covid-19, permanece bloqueada. O burburinho da Quinta Avenida, uma das ruas mais movimentadas da cidade, foi substituído pelas sirenes das ambulâncias e dos bombeiros.

Foi nessa cidade amedrontada que se realizou a 75ª Assembleia Geral da ONU.

Pela 1ª vez na história da ONU, os chefes de Estado não participaram presencialmente, o que não impediu o intenso debate virtual de temas da maior atualidade, como os incêndios na Amazônia e no Pantanal e o dolo da China na propagação mundial do coronavírus.

No seu discurso pré-gravado, o nosso Presidente, “cada vez mais popular”, segundo o CNI-Ibope, defendeu as ações do governo federal no combate à Covid-19 na saúde e no desemprego, “tratados simultaneamente com a mesma responsabilidade”, bem como as ações preventivas “em prol da preservação do meio ambiente.”

Denunciou que o Brasil vem sendo “vítima de uma das mais brutais campanhas de desinformação sobre a Amazônia e o Pantanal”. Enalteceu aquele momento histórico do “mundo poder conhecer a verdade” da difamante campanha anti-Brasil, “escorada em interesses escusos” de organizações internacionais, “unidas a associações brasileiras”, ideologicamente motivadas em prejudicar “o governo e o próprio Brasil”.

O Presidente relatou como “a selva nos une” no ostensivo apoio das Força Armadas aos órgãos de fiscalização para dar um fim às queimadas e aos desmatamentos ilegais.

Enfatizou: a “Amazônia brasileira é sabidamente riquíssima”, o que justifica a cobiça das instituições internacionais de saquear nossas riquezas nacionais.

Não há como esquecer a capa de 8 de junho de 2005 da VEJA, com o título “Amazônia à venda” e o seu esclarecedor subtítulo: “petistas presos aceitavam propinas de madeireiro que devastavam a floresta”.

O discurso patriótico de defesa da Amazônia brasileira provocou reações de ódio dos esquerdistas-comunistoides de plantão. O que só comprova que #Bolosanrotemrazão.

O discurso do Presidente americano, Donald Trump, culpou a China pela tragédia humanitária: “Estamos em uma batalha dura contra o inimigo invisível – o vírus chinês -, que tirou um número incontável de vidas em 188 países”.

Fez um apelo para a ONU responsabilizar o governo comunista chinês “por ter soltado essa praga”, que retroagiu o mundo à era das cavernas com o povo morrendo e a economia devastada. Lembrou dos “primórdios da pandemia, quando o país restringiu os deslocamentos domésticos, enquanto permitiu que voos saíssem da China e infectassem o mundo”.

Os EUA registram o maior número de mortes do planeta. Trump garantiu na ONU virtual ter lançado “a mais agressiva mobilização desde a Segunda Guerra Mundial” contra o “vírus chinês” e que estão sendo produzidos em massa três tipos de vacinas, que “se aprovadas, serão fartamente distribuídas”. Um discurso para o eleitorado que o elegeu e o aplaude quando enfatiza : “Os Estados Unidos first (primeiro)” com o dedo apontado para o céu americano.

O Presidente do Brasil, eleito democraticamente, garantiu que vencerá a guerra contra a Covid-19 e a “brutal campanha” atentatória à soberania verde amarela da Amazônia, patrimônio “inegociável” das próximas gerações de brasileiros.

Terminou o patriótico discurso na ONU com dedo apontado para Deus acima de Todos.

Que ELE ilumine o caminho do Nosso Presidente e proteja o futuro do Brasil.

Ilmar Penna Marinho Jr

Advogado da Petrobras, jornalista, Master of Compatível Law pela Georgetown University, Washington.

Advogado da Petrobras, jornalista, Master of Compatível Law pela Georgetown University, Washington.

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