O protesto dos trabalhadores do Armazém JFK8 foi algo inadiável.
Houve várias tentativas de mobilização, mas eram sempre demovidas pelas chefias.
Na coletiva do dia 8, repleta de jornalistas, em Nova York, os trabalhadores da bilionária do comércio eletrônico desafiaram os mandachuvas da empresa:
- “Podemos derrotar a besta”.
A mobilização, há muito planejada, finalmente, foi bem sucedida.
Uniu os empregados para denunciar as “más condições de trabalho” nos armazéns gigantes da Amazon, sem janelas, obrigados a carregar na mão mercadorias de até 26 quilos”.
Foram ouvidas as reclamações de que “as máquinas, na Amazon, são melhor tratadas do que as pessoas” e se sentiram orgulhosos de terem obtido melhorias na relação de trabalho e de poder declamar no fim do protesto:
- “Nós acordamos o mundo”.
Algo inadiável também está prestes a acontecer no Brasil: o povo unido pela bandeira verde-amarela, enrolada no corpo, está confiante de que a mobilização nacional há de vencer a “devassidão ética e moral que devasta Brasília, e, consequentemente, o Brasil”.
Por mais que por obra e arte, os Supremos Togados tenham inocentado a besta vingativa das condenações de “corrupção ativa e passiva” e agora, como Supremos Guardiões, protegem o seu mandato, por meio de abusos jurisdicionais, é apenas uma questão de tempo o seu adeus ao Palácio do Planalto, assim que se esgotarem as sobras de melhorias econômicas herdadas do seu antecessor e se agravarem as carências sociais, sem mais poder contar com os bem-vindos investimentos estrangeiros, que caíram 28,3% no primeiro quadrimestre de 2023.
Advogado da Petrobras, jornalista, Master of Compatível Law pela Georgetown University, Washington.
