Hatch esportivo da geração “8,5” comemora os 50 anos de lançamento do modelo e contêiner com efeitos especiais permite uma espiada parcial no futuro menor utilitário esportivo da marca, que chega em 2025 e deve ser semelhante a modelo da Skoda.
Como em outras edições, a Volkswagen é uma das patrocinadoras do Rock in Rio 2024 e, para promover sua marca no festival – ou “fazer ativações”, como muitos preferem –, montou uma série de stands em vários pontos da “Cidade do Rock”, cada um deles associado a um determinado modelo. Além dos já conhecidos T-Cross, Amarock – digo, Amarok – e da edição especial do Polo Track que leva o nome e a logomarca do evento, a VW está aproveitando para instigar a curiosidade geral – incluídos aí os jornalistas que, como eu, foram convidados para a prévia/teste geral da festa, que aconteceu no dia 11/9 . Está mostrando também um pouquinho de seu futuro SUV compacto, ainda sem nome (acima, com uma “revelação forçada, que mostra um pouco mais que a foto original). No final deste post, mostro um modelo da “marca irmã” Skoda, que, no mínimo, antecipa muito desse futuro VW. Além dele, a Volks também resolveu comemorar ali os 50 anos de lançamento (na Alemanha) do hatch Golf, e estacionou no gramado do RiR dois exemplares do carro: um GTI da atual geração 8,5, e um charmosíssimo cabriolet de sua primeira geração. Mostro e falo um pouquinho sobre eles neste post.
Começando pelo Golf cinquentão
O GTI atual, como mencionei acima, é da geração “oito e meio”, ou seja, da oitava geração, lançada em 2019, com sua recente atualização de estilo, desempenho e equipamentos. Atualmente, ele é fabricado na Alemanha e na China, vem equipado com um motor a gasolina de quatro cilindros, turbo, 2.0 e que gera 265 cv de potência e 37,7 kgfm de torque, sendo capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 5,9 segundos e a atingir a máxima (limitada) de 250 km/h. Como comparação, até o ano passado, o GTI oferecia 245 cv e 37,3 kgfm e, em sua geração anterior, que foi produzida aqui no Brasil até 2019, 230cv e 35,7 kgfm, com os quais acelerava até os 100 km/h em 7 segundos e alcançava 238 km/h de máxima. Vale informar que, na Alemanha, o Golf mais forte não é o GTI, mas a versão R, uma “máquina de guerra” de 333cv e que tem tração nas quatro rodas.
O câmbio é o DSG, automatizado de dupla embreagem e sete marchas, que já conhecemos por aqui no antigo GTI (com uma marcha a menos) e em outros VW mais caros. Neste último face-lift (que pode, mesmo ser o último, ao menos com esse tipo de motorização puramente a combustão), o carro recebeu uma nova grade, para-choques e rodas; faróis de LED mais afilados e lanternas redesenhadas. Por dentro, a maior novidade é uma central multimídia com tela de 14,9” e que é integrada ao Chat GPT por comando de voz.
Para marcar a “passagem do tempo”, a VW parou ao lado desse GTI contemporâneo um de seus antepassados: um Golf Cabriolet de primeira geração. Segundo apurei, o exemplar, que pertence a um colecionador, foi produzido na África do Sul, no começo dos anos 1980 (lá essa série do carro continuou a ser fabricada por mais tempo que na Alemanha), e já recebeu algumas modificações – entre elas, um motor AP nacional, que funciona em conjunto com um câmbio automático de quatro marchas.
O bacana é que ele mantém seu estofamento com padrão xadrez – que, aliás, também está presente no GTI atual, ao lado. E, além do visual quadradinho, contrasta com seu descendente também pelo tamanho – é bem mais compacto.
O Golf GTI é um daqueles carros que você precisa se esforçar muito para encontrar algum defeito, ou mesmo algo de que não goste. Seu desempenho é estimulante, tem um estilo ao mesmo tempo discreto e marcante… Mas se eu pudesse escolher entre aqueles dois lá parados no gramado, ficava com o mais antigo sem pestanejar, rs.
Hoje, o GTI custa a partir de 44,5 mil euros (cerca de R$ 275 mil), na Europa, mas não há planos concretos para trazê-lo novamente para o Brasil.
O SUV inédito que a VW vai lançar em 2025
No andar térreo de se stand principal de três andares, a VW parou um Polo Rock in Rio e, dentro de uma espécie de contêiner com paredes furadinhas e forradas por microlâmpadas de LED, um protótipo (ou algo próximo disso) de seu futuro SUV compacto, programado para ser lançado em 2025. Pelo que deu para ver (e ouvir), o carro terá um porte semelhante ao do Polo Hatch (será o menor SUV da linha), com um perfil um pouco mais alto, claro, e linhas contemporâneas (e pouco surpreendentes). Uma boa parte da frente aparece na primeira foto oficial do carro, também divulgada no próprio dia 11/9 (acima, agora sem a minha “revelação forçada”).
Embora não haja certeza alguma, pois o “mistério” faz parte da estratégia de marketing, é mais do que provável que esse novo “SUVW” traga exatamente a mesma motorização oferecida para o seus irmãos de linha, a exceção da opção 1.4 turbo – afinal, trata-se de um modelo para a base da linha, mais acessível. Abaixo, mostro o atual Skoda Kushak, do qual, no mínimo, o novo VW nacional aparenta herdar uma parte de suas características. A Skoda é uma das marcas do Grupo Volkswagen e esse SUV, de mesmo porte, já é produzido há alguns anos na Europa.
Fonte: Rebimboca Comunicação