Começou um debate sobre preço dos alimentos. As pessoas sentiram o aumento progressivo.
Bolsonaro apelou para o patriotismo dos donos de supermercado. Isto não funciona.
A história de fracassos em tentativas tradicionais de conter o preço. Alguns de nós lembram ainda daquele movimento dos fiscais do Sarney, denunciando aumentos. Deu em nada.
Os pecuaristas não aceitaram o preço da carne. O governo mandou a Polícia Federal buscar o boi no pasto. Um episódio bizarro, também ineficaz.
Interessante ver esses mecanismos voltarem ao discurso de um presidente. Ele foi eleito com uma plataforma liberal e dentro dela não se supunha outro processo exceto o do mercado.
Os preços de alimentos teoricamente diminuem quando aumenta a produtividade. É preciso avaliar um pouco melhor, o que pretendo fazer, no princípio da semana todas as causas que estão puxando o preço para cima, nesse momento ainda de pandemia.
Uma coisa é certa, eles subiram três vezes a inflação. Possivelmente a ajuda emergencial aumentou o poder de compra de setores mais pobres e ele foi canalizado para os alimentos.
Mas este tema ainda vai dar pano para manga porque , na verdade, o aumento de preços pode significar também o aumento da fome.
O novo salário mínimo é praticamente o mesmo. O auxílio emergencial caiu pela metade e vai só até dezembro.
Vamos ter de equacionar esses problemas porque o que vem por aí não é fácil.
Fim de semana de sol. Hoje, a previsão indicava tempo encoberto. Amanhã terá sol. Problema extra: como controlar a multidão na praia, não só aqui como no litoral de São Paulo.
Fonte: Blog do Gabeira