Foi uma semana de notícias constrangedoras, o presidente tomando guaraná Jesus e fazendo piadas antigay, no Maranhão, um ministro chamando o presidente da Câmara de Nhonho – enfim uma perda de tempo provinciana.
Mas a semana que entra será pródiga, pois nela ouviremos a notícia que influenciará a vida do planeta por muitos anos: a eleição do presidente americano.
Os próprios norte-americanos parecem ter sentido a grandeza do momento histórico não só para eles, como para o mundo. Mais de 150 milhões de pessoas devem votar, num recorde de frequência.
A disputa nos Estados Unidos não é apenas pela vantagem numérica mas a superioridade no colégio eleitoral. Como já se sabe não basta vencer em número de votos. Houve cinco candidatos que venceram na contagem das urnas mas perderam no colégio eleitoral.
Confesso que desejo a derrota de Trump e creio que discretamente abriria uma garrafa de vinho que sobrou por aqui, desde o último jantar que oferecemos a amigos, antes da pandemia.
Morreu Sean Connery um grandes intérpretes, senão o maior de James Bond. Morreu aos 90 anos e teve a oportunidade de mostrar que era um grande ator, com talentos que excedem a interpretação do caráter de Bond.
Creio que o último grande filme em que o vi foi O nome da Rosa, de Jean Jacques Annaud, baseado no romance de Umberto Eco.
A chuva me prendeu em casa como nos dias mais cinzentos da quarentena. Leio a história de Burton, sua chegada à India, suas impressões iniciais, o cheiro de curry, a vida intensa, a sujeira.
Lembro-me de minha chegada a Bombaim, esse era o nome de Mumbai, uma cidade que foi muitos anos dominada pelos portugueses. Mais tarde li um excelente livro de não ficção sobre sua vida de metrópole.
Nas horas vagas já vi muito futebol. Mas quando há mais de um jogo, sinto um pouco uma sensação de déjà vu, sobretudo quando a bola sai e cobram o lateral. Há jogos emocionantes e jogos entediantes, mas mesmo os primeiros me dão, em certos momentos, uma sensação de déjà vue.
Gosto muito do Botafogo, tenho muitos amigos que torcem pelo time Esta semana tentei assistir um pedaço do jogo do Botafogo contra o Cuiabá depois um intenso dia de trabalho. Confesso que dormi como nunca. Descobri que se um dia estiver com insônia vou procurar um jogo bem ruinzinho para dormir em paz.
Nosso Flamengo é um pouco mais animado mas não tenho coragem de escrever sobre ele. As pessoas o têm em muita alta conta e, certamente, ficarão zangadas se alguém apontar seus defeitos.
Mas a chuva logo vai passar e ao falar do jogo de outras pessoas, poderemos jogar nosso próprio jogo, ainda que com as limitações da pandemia: caminhar, nadar, fotografar são práticas seguras contra o coronavírus.
Fonte: Blog do Gabeira