Nesse momento em que se busca uma alternativa para Pazuello o nome da médica Ludhmila Hajjar surgiu e desapareceu rapidamente.
Ela tem excelentes posições e poderia representar uma mudança de rumos na política de Bolsonaro com relação à pandemia.
Mas tudo indica que Bolsonaro quer mudar o ministro sem alterar a política. Quer continuar dirigindo, com sua visão obscurantista, o trabalho nacional de combate à pandemia.
Num dos momentos da entrevista, ela falou em criar um comitê de crise articulado com todos os governadores para cuidar dos problemas de cada estado.
Este comitê nacional é uma necessidade desde o princípio. Por exemplo, agora era preciso que estivesse discutindo o problema do oxigênio em Rondônia.
Tenho falado com gente de lá e ainda não há solução para o problema que se avizinha. Cidades como Vilhena e Ariquemes, a primeira com 102 mil habitantes, podem ter seu fornecimento cortado.
Assisti a um vídeo da prefeita de Ariquemes pedindo ajuda a todos, inclusive cilindros vazios para que a cidade pudesse organizar uma saída de emergência.
Pazuello deu uma entrevista à tarde. Ao invés de falar num comitê de crise disse apenas que estava à disposição dos governadores, caso necessitassem. Ora, a necessidade é cotidiana.
Da mesma maneira, Pazuello falou que a obrigação do seu Ministério é abrir e pagar leitos. No entanto, ele só começou a pagar os leitos nos estados pressionado por uma decisão da Ministra Rosa Weber.
Hoje foi um dia muito cheio. O diário sai abreviado. Algo que me impressionou na fala da prefeita de Ariquemes foi admitir que lá, numa cidade pequena do interior da Rondônia, também há festas clandestinas.
Quem tiver tempo ou disposição, meu artigo de hoje no Globo trata desse tema do comportamento da população.
Fonte: Blog do Gabeira