Não sei se vocês gostam, mas adoro “dobradinha”. A primeira vez que comi foi num restaurante francês – não lembro o nome – e adorei. No cardápio era Trippes à mode du Caen. Virei fã.
Um dia fui “intimada” para ir para Paris onde uma amiga querida estava morando. Seu marido PDG de uma grande empresa francesa foi transferido para lá e já estavam perto do fim do contrato de um ano em Paris. Então fui ou perderia a amizade dela, olha a desculpa rs.
Ela também adorava comer dobradinha entre outras comidas francesas que conheci através dela nessa temporada que fiquei hospedada na casa deles. Tudo maravilhoso uma mordomia total.
Um belo dia já quase voltando para o Brasil fomos conhecer a cidade de Honfleur na Normandia, uma hora de Paris. Chegamos e o marido já queria ir embora. E nós já com fome. Sugerimos ir até Caen conhecer a cidade e almoçar lá, até porque em Caen a gente poderia almoçar a dobradinha ou a Trippe à mode du Caen.
O marido apressado já queria entrar no primeiro restaurante. Pediu filé com fritas porque não tinha como errar no pedido. Nós claro pedimos a Trippe uma para cada. A boca salivava.
O filet chegou bem antes e parecia bom. Pegamos uma batatinha e estava uma delícia. Mas quem espera sempre alcança seus objetivos.
Depois de mais de meia hora de espera chega o garçom com os pratos com uma cloche por cima. Colocou na mesa e quando abriu a cloche veio um cheiro de coisa podre. Ai Meldels! Entramos numa fria?
Mas como pode ser isso nos servir a Trippe fedida e na cidade que deu origem a esse prato? Levantamos da mesa e fomos ao banheiro. Respirar e jogar uma água no rosto e nos punhos para aliviar o cheiro daquele prato.
O marido apressado zombava da nossa cara de decepção… e de fome!!!
Acabamos comendo um sanduíche e voltamos logo para Paris. Désolées!
Outro dia descobri um lugar um Moema um restaurante tradicional que é o point das senhoras que moram no bairro e frequentam lá.
Quinzenalmente eles fazem dobradinha – uma sexta feira sim e outra não. Fui na sexta feira certa e voltei com meu pedido para casa, e não via a hora de comer meu prato. Gente que delicia.
A volta de Moema até aqui em casa foi melhor que a volta de Caen até Paris.
Au revoir!
Jornalista… amo publicar colunas sobre meu dia a dia…