3 de outubro de 2024
Carlos Eduardo Leão Uncategorized

Narradoras – o impacto da voz feminina no futebol

Mulheres do mundo, sois vós perfeitas! Menos narrando futebol!

Vivo rodeado de mulheres. Aqui em casa são quatro, as minhas adoráveis “quatrinhas” que se juntam às nossas cinco longevas funcionárias. Na sala de cirurgia, mais seis competentes assistentes. Na Clínica, uma turma de elegantes moçoilas ajudam-me recepcionar a clientela. Restam-me Marcelo, meu antigo motorista e Bartolomeu meu adorável spitz, os únicos homens do meu time. Peraí, peraí! Ainda tem a minha adorável Victoria, a mais linda e doce spitz de nossas vidas.

Esse preâmbulo se faz necessário para reforçar a certeza da importância das mulheres em nossas vidas. Se pensarmos bem, “metade da humanidade são mulheres. A outra metade, são os filhos dela” o que reforça o pensamento que, há muito, já dominam o mundo.

Ocupam literalmente todos os espaços outrora exclusivos dos homens com a mesma ou maior competência. Mas, sob minha ótica, existem algumas exceções que podem parecer preconceito ou algo politicamente incorreto. Paciência!

A primeira ressalva se refere às mulheres que se enveredam no ramo de narradoras de futebol. Por favor! Conscientizem-se! Vocês não nasceram pra esse ofício! Vocês são sempre bonitas e simpáticas, mas extremamente chatas. A voz feminina não foi feita para futebol! Tão agudas e esganiçadas que quando gritam gol é um sofrimento para os tímpanos tornando os decibéis impiedosos aos nossos ouvidos. Prefiro ou um zero a zero, ou mudar de canal à procura de um narrador ou ir pra cama mais cedo.

A outra reserva se refere às feministas! O feminismo é um movimento social por direitos civis, protagonizado por mulheres que reivindica a igualdade política, jurídica e social entre elas e nós. Se parasse por aí, tudo bem. Mas hoje são sexistas que buscam impor algum tipo de superioridade e se melindram com qualquer brincadeira, espontaneidade, romantismo e até os mais elegantes e educados cortejos são tidos e havidos como assédio.

Vivemos a insuportável era do politicamente correto. Quando a minha talentosa prima Danuza Leão escreveu que “Toda a mulher deveria ser assediada pelo menos três vezes por semana para ser feliz”, referiu-se à paquera, ao galanteio, à troca de olhares, ao fiu-fiu, que, sem dúvida, massageia o ego, não só das mulheres, mas de qualquer ser humano. Não seria ela, com toda bagagem de uma mulher muito à frente do seu tempo, apologista da insistência desmedida, da “forçação” de barra, do estupro, expedientes nefastos, inaceitáveis e medievais.

O problema é que expressar-se, hoje em dia, virou caso de polícia. Vivíamos uma saudosa liberdade de expressão e com muito mais alegria pois não se procurava dupla interpretação e não havia preconização da maldade como hoje. Vivíamos uma era romântica.

Se, por qualquer motivo, esbravejarmos diante de uma bela orquídea ou lindas rosas colombianas poderemos ser denunciados por estressá-las por ecologistas nonsense. Com animais de estimação, uma bronca educativa pode dar processo se testemunhada por essa turma de mesmo desvio comportamental.

Portanto, quem leu algo pejorativo nas entrelinhas de minhas críticas às narradoras de futebol ou à fala de Danuza, penso estar agindo igualmente de forma preconceituosa em relação à mulher do século XXI, totalmente independente, poderosa, dona de seu nariz e com força total para abduzir os críticos como nós.

Pelo sim pelo não, só quero lembrá-las que, se forem a uma festa qualquer e usarem um vestido preto, refiram-se a ele como um “afrodescendentezinho básico”. “Pretinho básico”, jamais. A festa pode acabar na cadeia pra vocês.

Carlos Eduardo Leão

Cirurgião Plástico em BH e Cronista do Blog do Leão

Cirurgião Plástico em BH e Cronista do Blog do Leão

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