3 de outubro de 2024
Priscila Chapaval

O comandante Rolim Adolfo Amaro

Há dias em que limpo a papelada que vai se acumulando. Tem dias que vou no depósito ver as caixas de papelão da mudança e que contêm pagamentos, recibos, cartas e textos que escrevo e guardo entre outros documentos.

Devo dizer que a coisa que mais me incomoda é essa empresa Goodstorage que aluga boxes para guardar mudanças, mas não ajuda em nada quem aluga. Não tem ninguém para ajudar a tirar uma caixa e muito menos iluminação para podermos chegar até o Box.

Explico: tem luzes nos corredores que apagam logo que você caminha. Um breu. Comprei uma lâmpada enorme com 5 metros de extensão para poder entrar e ver o que preciso. Enfim um horror. Quer me ver irritada é ver quando vou até lá. Saio de lá pior do que quando entrei.

Mas esses jovens que fazem empresas com modernismo, não têm um pingo de inteligência emocional no trabalho.

A recepção tem 2 jovens funcionários e tudo que você pede, por exemplo como imprimir a fatura eles mandam por email. Nós idosos
merecemos um pouco mais de atenção.

Ah!! E aumentaram o preço depois de 2 meses. Caí numa enroscada dos tempos modernos.

Mas, de repente, surgiu uma carta dentro de uma pasta que tirou toda a minha irritação desses mocinhos moderninhos de calças justas.

Coloquei a carta aqui porque a pessoa que escreveu era um amigo querido que conheci no tempo de Transportes Aéreos Marilia que depois se tornou a TAM.

O Cmte Rolim Adolfo Amaro era meu amigo. Nunca me esqueço quando ia muito ao Rio de Janeiro de avião a trabalho e via o Rolim que ficava na escada do avião cumprimentando os passageiros. Teve um fim trágico. Nunca mais a TAM teve um CEO como ele.

E mostro a carta escrita por ele para mim depois que eu lhw enviei, e outras pessoas, cartões de Natal e Ano Novo.

Ele era um cara simples – ou simplório? – romântico e adorava guarânias quando ganhava de seus passageiros e ligava para a gente ouvir.

Rolim morreu quando pilotava um helicóptero, mas teve uma vida intensa e era feliz.

Segue abaixo a carta já bem amarelada pelo tempo. Uma pena!

Priscila Chapaval

Jornalista... amo publicar colunas sobre meu dia a dia...

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