24 de abril de 2024
Adriano de Aquino

Greve dos caminhoneiros e a Saúde

Apesar de justa, não compartilho com a forma adotada pela greve dos caminhoneiros
Contudo, a imprensa e usuários das redes sociais darem ênfase de que é ela – exclusivamente a greve dos caminhoneiros – que coloca pacientes hospitalares em risco, é má fé. Pura sordidez!
Os hospitais públicos brasileiros nunca foram modelos de atendimento exemplar. Muito menos confiável!
O trato da saúde da população brasileira é cruel por tradição. Não há uma política pública de saúde.
Os profissionais do setor carecem de um plano de cargos e salários. As dependências hospitalares beiram a insalubridade. Faltam equipamentos e suprimentos básicos para o atendimento correto da população.

Foto de Constança Teixeira de Freitas – Facebook

Para piorar mais ainda, a corrupção desbragada que rola na administração pública, chupa grande parte dos suprimentos que deveriam chegar ao sistema. É criminosa! Uma especie de ‘serial killer’ em escala dantesca. Para dizer o mínimo.
Os próprios meios de comunicação publicam matérias sucessivas sobre os escândalos bilionários que acontecem sistematicamente no setor público de saúde.
Curiosamente, os editores parecem esquecer o que publicam e catam uma eventualidade penosa para condenar um setor que abastece precariamente um sistema em colapso.
Porém, as autoridades públicas, parlamentares e toda a espécie de gente agregada a uma repartição estatal jamais esquecem isso.
O mais poderoso tem carteirinha cativa – bancada pelo contribuinte – para ser atendido no Sírio Libanês e outros hospitais da rede privada. Os do andar de baixo tem planos de saúde – bancados pelo contribuinte – para atendimento em hospitais particulares que não sofrem – como os públicos- escassez de estoque, pessoal e atendimento.

Adriano de Aquino

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial "Em Busca da Essência" Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.

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