O termo “esquerda festiva” revolta os marxistas ortodoxos e diverte os liberais reformistas que tratam os partidos comunistas como agremiações diletantes em busca de divertimento alternativo, chato,ultrapassado e cafona.
Tempos atrás fui a uma ‘Fête de l’Humanité’. Bastou uma ida para ter certeza de que nunca mais perderia tempo com festividades comunais saudosistas. Tipo funeral divertido,animado por rock gospel.
A “Fête de l’Humanité” é uma espécie de parque temático da nostalgia, onde comunistas confraternizam com burgueses, provam que não comem criancinhas e adoram quitutes regionais.
Para quem não conhece o evento, descrevo como uma Feira da Providência, com barraquinhas dos partidos comunistas da Albânia, Afeganistão, Brasil, Espanha, França etc.
O evento conta também com alguns palcos onde se apresentam artistas engajados na causa comunista/humanitária e uns oradores exóticos, discursando sobre as batalhas perdidas em prol da humanidade e do comunismo nas suas regiões de origem.
Para vocês terem uma ideia da tristeza e da nostalgia compartilhada pelos frequentadores, a última edição da Fête de l’Humanité,em Paris, teve um show da Dilma, acompanhada do grupo vocal Lula Livre, como convidada especial.
Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial “Em Busca da Essência” Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.