Manter e explorar terras e colonos, nas franjas da floresta amazônica(Guiana francesa), em pleno século XXI, é uma aberração, frente à grandeza histórica civilizatória da França.
Todavia, para o brasileiro colonizado, um tipo como Macron, que fala fino e entuba na marra a demarcação de ‘fronteiras étnicas culturais e religiosas’, impostas pelo contingente de imigrantes em algumas cidades da França, tem a MAIOR moral para impor sanções e criar dificuldades maiores para o desafio enfrentado pelo povo brasileiro para equilibrar uma política de proteção ambiental, garantindo a inviolabilidade das terras indígenas,conter a derrubada de árvores e queimadas, administrar os problemas fundiários, garantir a soberania nacional e seguir, aos trancos e barrancos, protegendo a complexa e indomável dinâmica natural da Amazônia.
A Amazônia não está inerte, lacrada em uma bolha blindada de um laboratório de pesquisa.
Ela é plena de vida, pulsa e se transforma permanentemente, como tudo que vive.
A Amazônia é um gigante e seus problemas gigantescos.
Afinal, se a Amazônia chegou aos dias de hoje como um magnífico – o maior manancial ecológico do planeta – não foi por ‘piedade solidária’ de tipos medíocres como Macron.
Foi pelo empenho dos próprios brasileiros.
Mesmo a famosa e danosa incompetência administrativa e a canalhice dos nossos políticos, se dobraram à fibra e determinação do contingente de brasileiros empenhados, no correr dos séculos, em preservar a Amazônia a todo custo.
Só isso seria motivo de orgulho.
Não! O babaca urbanoide,que tem um vaso de samambaia na cobertura em frente à praia do Leblon, acha que é o Macron quem vai de fato ajudar a proteger a Amazônia .
Na atual configuração geopolitica europeia, Macron é um anão.
Mas, para os bandos de colonizados borra botas, Macron é Napoleão.
Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial “Em Busca da Essência” Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.