

Progressistas brasileiros adeptos do ativismo censor nas redes sociais, surgido nas franjas do ‘novo normal’, é demonstração clara da submissão colonialista a que estão submetidos.
A onda censora, lançada nos EUA no período do primeiro governo Trump teve o Twitter – atual X – como nau capitania. Em sinergia com o governo Biden, o Twitter traçou o curso de navegação e o modelo a ser adotado por outros aplicativos como o Facebook.
Foi assim que surgiu a oportunidade de novos e rentáveis negócios, em paralelo ao controle da opinião pública.
A casta do jornalismo empresarial norte-americano logo deu corpo às suas ambições, com a instalação, em cada empresa, de um aparelho censor monetizado com codinome ‘fact checking’.
Os coloniais brasileiros sequer se deram ao trabalho de recorrer ao manual Tabajara. Recorreram ao Google Translator e assim surgiram as empresas Tabajaras de checagem de fatos.
Oportunamente, as tradicionais empresas de comunicação, que buscavam uma rota de salvação pra enfrentar a avalanche de usuários nas redes sociais, a fim de abrandar os prejuízos com a perda da clientela, aderiram de imediato ao regime coercivo do Twitter contra a livre opinião, cancelando posts e bloqueando usuários do espectro ideológico antagônico.
O Brasil copiou o modelo. As instituições públicas embarcaram na onda.
Leve-se em conta que, sem uma imprensa realmente livre e uma Constituição à mercê de interpretações personalíssimas, a saga censora no Brasil foi tão ousada que até mesmo cidadãos de países democráticos do ocidente se surpreendem com o alcance da censura no Brasil.
Muitos estrangeiros não conseguem entender como, em defesa da democracia, o país restringe direitos civis fundamentais como a liberdade de expressão e até as garantias e a imunidade de parlamentares eleitos.
Em países onde a Constituição é soberana, as Cortes Supremas regionais, bem como a Suprema Corte, tratam apenas de temas constitucionais.
Quando o ‘diabólico’ Elon Musk, usando dos recursos de que dispõe, decidiu dar um basta na fanfarra censora-woke progressista, que dava as ordens no Twitter, ele não recorreu à Justiça.
Ele comprou o aplicativo, varreu os censores e abriu o X para a diversidade de ideias e opiniões. Tanto isso é verdade que um comentarista da rede, com gigantesca audiência, postou que “ninguém é mais xingado no X do que seu maior acionista- o próprio dono.”
Quem se lembra de quando o X era Twitter, quando destacadas personalidades da vida publica norte-americana não foram apenas censuradas, foram radicalmente bloqueadas, como é o caso do Robert F Kennedy, Jr dentre outros notáveis contestadores do mainstream.
Dentre as mudanças, a CEO do X aboliu em definitivo a tribuna dos replicantes do mainstream – fact checking – lotados nas redações dos grandes veículos da imprensa e criou um sistema aberto e democrático de moderação colaborativa das ‘notas da comunidade’ , no qual os próprios usuários do aplicativo podem adicionar informações complementares a postagem de outros e, inclusive contestá-las.
A proposta é inteligente, pois visa fornecer contexto adicional para conteúdos que possam ser ambíguos, enganosos ou polêmicos, sem contudo removê-los, marcá-los como falsos ou criar uma cortina de invisibilidade.
Em resumo, essa interação abre um horizonte real sobre as tendências, e lança, à luz do dia, sobre aqueles indivíduos ou organizações que operam nas sombras com objetivos malévolos.
Ao adotar o modelo do X nos aplicativos da Meta, Zuckerberg dá um passo adiante em beneficio da Liberdade de Expressão e da expansão do conhecimento.
O post que ilustra esse comentário é a confirmação contundente de que a livre expressão do pensamento é o mais autêntico e real documento de identidade.


Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial “Em Busca da Essência” Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.