A cidade de Nova York, onde mais de 23 mil pessoas morreram de Covid-19, permanece bloqueada. O burburinho da Quinta Avenida, uma das ruas mais movimentadas da cidade, foi substituído pelas sirenes das ambulâncias e dos bombeiros.
Foi nessa cidade amedrontada que se realizou a 75ª Assembleia Geral da ONU.
Pela 1ª vez na história da ONU, os chefes de Estado não participaram presencialmente, o que não impediu o intenso debate virtual de temas da maior atualidade, como os incêndios na Amazônia e no Pantanal e o dolo da China na propagação mundial do coronavírus.
No seu discurso pré-gravado, o nosso Presidente, “cada vez mais popular”, segundo o CNI-Ibope, defendeu as ações do governo federal no combate à Covid-19 na saúde e no desemprego, “tratados simultaneamente com a mesma responsabilidade”, bem como as ações preventivas “em prol da preservação do meio ambiente.”
Denunciou que o Brasil vem sendo “vítima de uma das mais brutais campanhas de desinformação sobre a Amazônia e o Pantanal”. Enalteceu aquele momento histórico do “mundo poder conhecer a verdade” da difamante campanha anti-Brasil, “escorada em interesses escusos” de organizações internacionais, “unidas a associações brasileiras”, ideologicamente motivadas em prejudicar “o governo e o próprio Brasil”.
O Presidente relatou como “a selva nos une” no ostensivo apoio das Força Armadas aos órgãos de fiscalização para dar um fim às queimadas e aos desmatamentos ilegais.
Enfatizou: a “Amazônia brasileira é sabidamente riquíssima”, o que justifica a cobiça das instituições internacionais de saquear nossas riquezas nacionais.
Não há como esquecer a capa de 8 de junho de 2005 da VEJA, com o título “Amazônia à venda” e o seu esclarecedor subtítulo: “petistas presos aceitavam propinas de madeireiro que devastavam a floresta”.
O discurso patriótico de defesa da Amazônia brasileira provocou reações de ódio dos esquerdistas-comunistoides de plantão. O que só comprova que #Bolosanrotemrazão.
O discurso do Presidente americano, Donald Trump, culpou a China pela tragédia humanitária: “Estamos em uma batalha dura contra o inimigo invisível – o vírus chinês -, que tirou um número incontável de vidas em 188 países”.
Fez um apelo para a ONU responsabilizar o governo comunista chinês “por ter soltado essa praga”, que retroagiu o mundo à era das cavernas com o povo morrendo e a economia devastada. Lembrou dos “primórdios da pandemia, quando o país restringiu os deslocamentos domésticos, enquanto permitiu que voos saíssem da China e infectassem o mundo”.
Os EUA registram o maior número de mortes do planeta. Trump garantiu na ONU virtual ter lançado “a mais agressiva mobilização desde a Segunda Guerra Mundial” contra o “vírus chinês” e que estão sendo produzidos em massa três tipos de vacinas, que “se aprovadas, serão fartamente distribuídas”. Um discurso para o eleitorado que o elegeu e o aplaude quando enfatiza : “Os Estados Unidos first (primeiro)” com o dedo apontado para o céu americano.
O Presidente do Brasil, eleito democraticamente, garantiu que vencerá a guerra contra a Covid-19 e a “brutal campanha” atentatória à soberania verde amarela da Amazônia, patrimônio “inegociável” das próximas gerações de brasileiros.
Terminou o patriótico discurso na ONU com dedo apontado para Deus acima de Todos.
Que ELE ilumine o caminho do Nosso Presidente e proteja o futuro do Brasil.
Advogado da Petrobras, jornalista, Master of Compatível Law pela Georgetown University, Washington.