26 de abril de 2024
Ligia Cruz

O discurso na ONU tem a ver com a realidade

Foto: Arquivo Google – Aqui Notícias

Não vi nada excepcional no discurso do presidente na ONU. Nem para mais, nem para menos.
O tom fatalista e agressivo que a mídia ideológica comenta, não existiu. Ouvi duas vezes e não identifiquei nada reprovador ou fora de contexto.
O que ele enfatizou já tinha sido dito, logo após a fuzarca que o francês Emanuel Macron armou sobre a Amazônia. Só a Globo continua batendo na tecla de que existe uma crise pavorosa na região e que as reservas indígenas estão ameaçadas. Balela.
No Brasil de hoje existem mais de 200 povos indígenas e o botocudo Raoni não representa todos eles. Quiçá os Ianomâmis. Mas esse é outro capítulo.
O exército brasileiro mantém nos seus quadros uma corporação especializada em “selva”, não qualquer uma, mas brasileira.
Os desafios de nossas matas não são os mesmos das existentes na Tailândia ou Vietnã, por exemplo. Nas florestas brasileiras ainda há espécies não catalogadas, tanto da fauna quanto da flora. Inclusive perigos na forma de vegetais, animais e bactérias com venenos e toxidade ainda desconhecidos. É com esse cenário que vai se deparar quem se meter por lá desavisadamente.
Nosso exército tem batedores e especialistas mais ambientados para transpor as barreiras da floresta. Não é para qualquer um.
Ainda hoje, ouvi um triste depoimento de um paraense que foi visitar a família em Altamira e ficou chocado com as histórias que ouviu sobre “como é fácil grilar terras por lá “.
Por uma bagatela, criminosos derrubam a mata na madrugada, para que as imagens não sejam vistas dos satélites.
“De manhã a floresta estava no chão, picotada e a madeira sendo carregada por máquinas.
O que mais me entristeceu foi ver um tronco que precisava de seis homens para abraçá-lo. Devia ter mais de um século de idade”, disse-me entristecido o paraense Fernando, que veio para São Paulo trabalhar com o Uber. “Não quero que minha filha conviva com isso”.
Portanto, o tom que a Globo tenta pregar de que o atual governo tem mais mazelas do que acertos, é um total desconhecimento do país.
Se há quem possa penetrar com todo cuidado naquele mundo verde, cheio de criminosos, capiaus e gringos travestidos de ONGs, é o exército brasileiro.
O que se espera de Bolsonaro é que ele cuide de nosso patrimônio como se deve.
A Amazônia brasileira tem dono e sua exploração deve ser feita de acordo com procedimentos responsáveis.
Não entende isso quem não quer.

Ligia Maria Cruz

Jornalista, editora e assessora de imprensa. Especializada em transporte, logística e administração de crises na comunicação.

Jornalista, editora e assessora de imprensa. Especializada em transporte, logística e administração de crises na comunicação.

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