Houve um tempo, lá na origem, em que a liberdade de expressão era a principal bandeira do PT.
Fim dos anos 1970, começo dos 80, se gritava com todos os pulmões nas passeatas “abaixo a censura”, “abaixo a ditadura”. De verdade era o que todos queriam. Que a mordaça acabasse e caísse o governo militar.
A juventude queria escolher o que ler, o que ver e ouvir. E nas redações, a presença da figura nefasta do censor era um indício de que o jornal era pró-liberdade.
Mesmo que fosse conservador, como o Estadão à época, havia os Mesquitas para meter-lhes os dedos no nariz e dizer: “não mexam com os meus comunistas”. Havia lisura, honra, luta legítima pela liberdade de expressão.
Hoje, o que vemos é a bota de aço pesada de caudilhos, adoradores de Stalin, Mao, Napoleão, sobre nossas cabeças, ditando regras, impondo conceitos e moral, aprisionando inocentes, praticando as maiores barbaridades em nome do quê mesmo? Da escravidão.
Isso mesmo o partido da outrora “esperança” tornou-se escravagista de almas, de libertos, em nome de uma ideologia que nasceu em passado distante e em contexto estrangeiro, que não tem nada a ver com nossas raízes e tradições.
O Brasil virou refém de um grupo de abnegados da razão, perdulários, opulentos e covardes.
Ninguém vai trazer a liberdade de ser de volta porque o poder das ditaduras só quer soldadinhos marchando para o precipício da obediência cega.
O PT e seus cupinchas terão sua vez de perder porque, quem oprime nunca vence. E quando a coisa vai longe demais, uns poucos lúcidos dentre eles vão pesar na base da cesta e querer sair. A história não conta nada diferente.
Pena dos que se calam diante da mordaça por interesse, por medo, porque ganha muito em ter se vendido ao sistema corrupto, por não saber mais o que é liberdade puramente.
Pena daqueles que, por serem assessores de imprensa, se calam para não terem suas pautas recusadas, não necessariamente por convicção.
Mas a verdade dói lá no fundo, nos momentos de solidão. Tudo por conveniência e até por militância.
Feliz dia do jornalista para quem sabe e pode sê-lo com isenção.
Jornalista, editora e assessora de imprensa. Especializada em transporte, logística e administração de crises na comunicação.
