29 de abril de 2024
Colunistas Ligia Cruz

Uns contra os outros

Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden (foto: CHIP SOMODEVILLA / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP)

Quem se libertou da TV aberta, nesta semana tomou conhecimento pela redes sociais de um dos mais maiores escândalos do mundo democrático, com a revelação da interferência do governo Biden, nas eleições brasileiras.

Tudo isso dentro de um pacote com provas cabais, também da ingerência do STE/STF na definição das urnas em 2018, que levou Lula da Silva ao seu terceiro mandato presidencial.

Nada diferente do que já conhecemos, nem menos cercados de corrupção. Modus operandi que virou escola no Brasil, desde que o Mensalão consagrou José Dirceu como a peça principal, o maestro da obra toda. Partidos, líderes, deputados, senadores e demais facilitadores, todos envolvidos e muito mais ricos.

Depois, com o Petrolão, alvo da devassa da Lava-jato, veio o aperfeiçoamento dos crimes lesa pátria e a prisão de políticos, empresários e facilitadores.

Desta vez a notícia não foi produzida por nenhum personagem brasileiro, mas por um repórter americano, Michael Shellenberger, ativista do clima, especializado em temas como política, censura, liberdade de expressão e outros temas. O jornalista teve acesso à caixa preta do Twitter, atual X, e se deparou, entre outros, com dados sobre o Brasil, a presença do FBI, Soros por aqui cumprindo uma ordem de Joe Biden para interferir nas eleições brasileiras. O objetivo principal: garantir o avanço do progressismo no país, com Lula no comando outra vez. O poder numa democracia de fachada.

Elon Musk, dono do X, prometeu e liberou geral o conteúdo de todas as conversas, pressões, pedidos e ameaças nada singulares aos executivos da rede social, nos tempos do Twitter.

Musk fez o que precisava ser feito. Colocou o dedo na ferida e provou todas as pressões feitas pelo TSE contra todas as redes, incluindo Google, Facebook, WhatsApp, Telegram, etc para entregar dados e conversas de seguidores, sob o pretexto de terem que pagar multas milionárias diante do descumprimento. A maioria se ajoelhou diante dessa caça as bruxas. Torquemada virou um garoto da quinta série.

O mais interessante nisso tudo é rememorar que a esquerda brasileira tinha arrepios cavernosos cada vez que se falava que os americanos contribuíram para com o golpe de 1964, levando os militares ao poder, contra o avanço comunista nas Américas e Caribe, quintal norte-americano. Tudo isso bem no período da Guerra Fria.

Os EUA eram representados pela mídia esquerdista pela figura do “Tio Sam”, uma figura parruda, glutona, com uma cartola na cabeça, demonstrando a arrogância do poder econômico.

Desta vez, a guerra de ideologias acontece em um cenário bastante tumultuado, com o fantasma da terceira guerra se assomando num horizonte multipolar. O atual contexto certamente formará outros pares e grupos afins para batalhas não menos sórdidas.

Uma arma de guerra sui generis, que não havia nos outros cenários de guerras, será as redes sociais, que terá um papel relevante no novo contexto. Possivelmente, o da contrainformação. O mesmo que tem sido mostrado no ensaio pré-guerra entre Rússia e Ucrânia, onde os dominadores globais, que sempre correram por fora da raia, em silêncio, desta vez estão mais barulhentos.

A Open Society, de George Soros a Black Rock, a trilionária pós-Covid Pfizer, o grupo Bildberg e seus 130 associados, Bill Gates, Jeff Bezos entre outros estão se preparando para o cenário em que são artífices de contendas, mas que nunca perdem.

Elon Musk, dono da Space X, que parece não participar de grupo algum, com seu jeitão autista-sincerão rejeita os progressistas com louvor. Seu apoio a Donald Trump é inequívoco e não só os americanos, como observadores mundiais apostam num segundo round com ele, depois que os progressistas foram vencidos em todas os estratagemas armados para impedi-lo e derrotá-lo.

Qual papel ele terá neste contexto tão caótico que Biden deixará?

E o Brasil, fará parte de qual grupo? Lutará ao lado do eixo das ditaduras?

O cenário não é bom e tem gente por aqui brincando de mandar no mundo. Uns poucos deslumbrados com o poder e que ele traz.

Somos pífios, medíocres e futuros fiascos no cenário mundial que se avizinha, como sempre.

Ligia Maria Cruz

Jornalista, editora e assessora de imprensa. Especializada em transporte, logística e administração de crises na comunicação.

Jornalista, editora e assessora de imprensa. Especializada em transporte, logística e administração de crises na comunicação.

1 Comentário

  • Lindenberg Chaves 8 de abril de 2024

    Um texto em demasiada clareza, perfeito.

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