Prendam os suspeitos de sempre, a começar por mim.
Gostei muito dos discursos de Bolsonaro e Trump, naquele valhacouto que chamam de ONU. Ambos falaram de soberania, paz, democracia e liberdade. São artigos valiosos, logo, como amor sincero, custam caro.
Bolsonaro mandou bem. Falou bem. Portou-se bem. Não pronunciou um só palavrão, não fez piadas, não foi grosso, nem agressivo. Uma pena! Adoro aquele jeitão de final entre Brasil X Argentina de antigamente.
Principalmente, Bolsonaro falou de igual para igual com todos. Não baixou a cabeça. Flanou com autoridade e conhecimento. Nominalmente, desceu a lenha nos (des)governos de Cuba e Venezuela.
E provando que não bate apenas em cachorro morto, deu indiretas diretas no queixo de França e Alemanha. Elogiou os Estados Unidos de Trump, não para puxar o saco, mas simplesmente por afinidade.
Bolsonaro também não fugiu do tema Amazônia e desmoralizou a imprensa nacional que influencia, negativamente, a internacional. E não escondeu o jogo. O que fala no Brasil, ao vento, jogou na cara do mundo tão desunido. Por isso mesmo, não entrarei em detalhes. Estamos cansados de saber o que ele pensa e com carradas de razão.
“Resumindo Henrique Cardoso”, nosso presidente deu um show. Deu de 1069 X 0 em Dilma e Lula, como se isso fosse difícil. Até mudo fala melhor que esta dupla. Bolsonaro também jogou FHC no limbo, também como se fosse preciso.
Rei morto, rei posto. Aposto que só os sanguessugas sentiram falta de Temer, Dilma, Lula e FHC. Eu pelo menos nunca tive interesse nesta turma, com ou sem ONU, este grande lupanar que só serve para diplomatas beberem Champagne.
Por falar em corda na casa de Tiradentes, em diplomatas na ONU, adorei ver as devidas delegações toda vez que Bolsonaro e Trump citaram os devidos países. Uma representante da Venezuela, por exemplo, até abriu um livro de paisagem, fingindo que não era com ela, quando Trump chamou Maduro de ditador para baixo.
E mudando de Jair para Donald, o discurso não mudou tanto.
Trump, embora comportado e gentil como Bolsonaro; além da Venezuela, acabou com o Talibã e para rimar, com a ira do Irã, como cantaria o Djavan. Máxima coragem, chamou a poderosa China de ladra.
Trump foi muito inteligente. Acusou, com riqueza de detalhes, a China de roubar tecnologia americana e logo depois elogiou o presidente Xi Jinping Pong.
Trump falou o que todo o Ocidente tem vontade de gritar, mas morre de medo. A China é uma praga de gafanhotos, rouba tanto quanto o PT e em escala mundial. Não respeita nada em direitos de propriedade e é a rainha da contrafação/falsificação.
E digo mais, este presidente Xi é um perigo, uma ameaça muito mais perigosa que todo o Irã. Procurem saber suas origens, como ele chegou “lá” e verão.
Bolsonaro e Trump só pouparam dois outros governos bandidos que cagam e andam pelos Direitos Humanos, etc: Turquia e Arábia Saudita. Mas o que é deles está guardado… Assim como os elogios ao Japão e até à Coreia do Norte.
No mais, a esta hora, tudo já foi dito sobre a ONU de hoje. Particularmente, não quis e muito menos ouvi/li os comentários na TV, etc.
Se a imprensa brasileira já falou e vai continuar criticando a dupla Bolsonaro e Trump, quer dizer que os dois falaram boas verdades.
Pena que não tenho dinheiro para estar em Nova York. Pena que meu visto americano vence em 2020, mas como diz aquele adorável filme antigo, “Tudo bem, no ano que vem”.
No mais, senti saudade de Cole Porter, Sinatra e Woody Allen.
PS: Afinal, para que serve a ONU mesmo?
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Jornalista, escritor, escreveu no Jornal O Tempo e já publicou dois livros.