

A mesa de Natal dos brasileiros é uma verdadeira celebração das diversas culturas que ajudaram a construir a nossa nação.
Abraçamos, sem muita cerimônia, tradições portuguesas, espanholas, italianas, francesas e até africanas. São delícias atrás de delícias.
Uma das peças que não podem faltar é um belo Panetone, aquele bem tradicional com as frutinhas cristalizadas. Tudo bem que existem outras diversas versões, mas o assunto de hoje é o clássico.
A origem deste pão doce, de massa muito leve e alveolada é cercada de várias lendas, segredos e poucas certezas. Uma delas é a cidade onde começou a ser produzido, Milão. Isto ninguém questiona.
Acredita-se que o nome derive de “Panetto”, palavra italiana para designar “um pãozinho”. Ao acrescentar o sufixo aumentativo “-one”, muda o sentido, podendo ser traduzido como “grande pãozinho”.
Há uma curiosa fábula, bastante aceita na Itália, que Panetone vem de “Pan di Toni”, nome de um hipotético criador desta receita.
Harmonizar esta sobremesa não é uma tarefa difícil, ela é muito versátil e, pelo caráter pouco doce, pode ser combinada com diferentes estilos de vinho.
Naturalmente, as opções vindas da Itália são as mais comuns. Os vinhos elaborados com a casta Moscato (Moscatel), como o celebrado Moscato d’Asti, são considerados como o par perfeito, tanto na versão tranquila ou como um espumante.
A casta Moscatel é uma das uvas mais difundidas no mundo. Vamos encontrar versões de seus vinhos em diversos países produtores, inclusive aqui no Brasil, onde elaboramos premiadíssimos espumantes “demi-sec” com ela.
Portugal nos oferece mais opções de harmonização, desta vez com um bom Vinho do Porto: um Tawny ou um LBV são boas escolhas. Experimentem molhar a sua fatia com um pouco de Porto: é do outro mundo …
Para a turma que gosta de pensar “fora da caixa”, temos mais sugestões. A primeira delas seria um delicioso Moscatel de Setúbal, um dos grandes vinhos portugueses de sobremesa. Nesta mesma linha se encaixam o francês Sauternes, o húngaro Tokaj e o Vin Santo, italiano.
Para não deixar a França fora desta harmonização, um Champagne “Demi-sec” ou mesmo “Doux”, combina com perfeição.
Continuando na linha dos espumantes, o Panetone harmoniza muito bem com um Prosecco Brut, acreditem. Podem apostar, também, em outros borbulhantes bem secos, como o da Dica da Karina de hoje.
Feliz Natal para todos os leitores com muito Panetone e harmonizações perfeitas.
Dica da Karina – Cave Nacional


Cristofoli – Espumante Cristo Redentor Brut
A Vinícola Cristofoli, comandada pela família Cristofoli, é formada por viticultores que vivem na região de Faria Lemos há mais de 135 anos e faz parte da Rota Turística Cantinas Históricas e Vale do Rio das Antas, em Bento Gonçalves. O Cristofoli Espumante Brut – Cristo Redentor é elaborado exclusivamente com a variedade Chardonnay. Este espumante é produzido pelo Método Tradicional com 6 meses de guarda em cave, o que o mantém leve, refrescante e jovial, com uma ótima cremosidade e uma boa persistência. De coloração amarelo palha com perlage intensa e delicadas notas de pão fresco, flores brancas e aromas frutados, destacando-se a pera. O Cristofoli Espumante Brut – Cristo Redentor é um produto oficial do Santuário Cristo Redentor e a cada venda contribui-se para a continuidade dos trabalhos sociais desenvolvidos pelo santuário, que atende centenas de famílias em situação de vulnerabilidade social. Saiba mais no site do Santuário Cristo Redentor e nas mídias sociais @cristoredentoroficial.
A Cave Nacional envia para todo o Brasil.
CRÉDITOS: Foto de kate rumyantseva na Unsplash


Engenheiro, Sommelier, Barista e Queijeiro. Atualiza seus conhecimentos nos principais polos produtores do mundo. Organiza cursos, oficinas, palestras, cartas de vinho além de almoços ou jantares harmonizados.