De: Ernst Lubitsch, EUA, 1925
(Disponível no YouTube em 5/2024.)
Lady Windermere’s Fan, no Brasil O Leque de Lady Margarida, é uma pérola, um deslumbre, um filmaço. Meu Deus, que coisa tão extraordinariamente bem realizada, em cada detalhe – e são tantos detalhes…
Para mim, foi também uma absoluta surpresa. Embora fã de carteirinha de Ernst Lubitsch, nunca tinha ouvido falar no filme, nem na peça de Oscar Wilde em que ele se baseia. Mary o achou numa garimpagem por filmes clássicos na mina de ouro que é o YouTube.
A peça, que estreou em Londres em 1892, a quarta do dramaturgo irlandês, é tida como sua primeira “comédia”, uma comédia de costumes. O filme não tem nada de propriamente cômico. Sim, é uma sátira – uma ácida, aguda sátira ao comportamento da alta sociedade inglesa da época, ao moralismo hipócrita, às fofocas, ao banimento – hoje se diria cancelamento – de mulheres tidas como devassas, indecentes, por terem tido algum caso fora da santidade do casamento.
Uma crítica dura, firme, desse comportamento que não foi exclusividade das classes altas inglesas na época vitoriana. Muitíssimo ao contrário.
Para apresentar essa paulada no moralismo hipócrita, o gênio de Oscar Wilde criou uma trama absolutamente fascinante, muitíssimo bem engendrada. É tudo simples, plausível, possível – não há recurso a exageros, inverossimilhanças. No entanto, a cadeia de fatos, de eventos, vai levando os personagens a situações traiçoeiras, perigosas, ameaçadoras, de tal forma que o espectador vai se surpreendendo a cada momento – e sentindo pena daquelas pessoas, em especial da moça do título, Margaret Windermere.
Oscar Wilde (1854-1900) se notabilizou pelas frases brilhantes, bem construídas, que soltam faíscas de inteligência, esperteza, sarcasmo, ironia. “Wit” – sagaz, sagacidade – é muito provavelmente a palavra mais usada para definir o texto do escritor, as falas de seus personagens. Está lá no Dictionary of English Language and Culture da Longman: “1 – a habilidade de dizer coisas que são ao mesmo tempo espertas e divertidas: conversa brilhando com wit; 2 – uma pessoa que tem essa habilidade: Oscar Wilde era um famoso wit”.
Só para dar uma idéia da coisa, eis aqui duas pérolas:
“Experiência é o nome que todo munda dá a seus erros.”
“Consigo resistir a tudo, menos à tentação.”
E aqui vem uma das características marcantes do filme de Ernst Lubitsch: o espectador não ouve nenhuma das frases cheias de wit que deliciaram quem viu a peça no teatro. Nem sequer umazinha.
Bem… A rigor, isso é absolutamente compreensível, já que, lançado um século atrás, em 1925, dois anos, portanto, antes do advento do som, Lady Windermere’s Fan é um filme mudo.
Mas é mais do que isso. Mesmo nos letreiros com as falas dos personagens o filme evitou transcrever o texto exato de Oscar Wilde. Os créditos iniciais – que dão imenso destaque, é claro, ao nome do dramaturgo – mostram que a “adaptação para as telas” é de Julien Josephson, e os titles, os letreiros com os diálogos, são “by Maude Fulton and Eric Locke”.
O livro The Warner Bros. Story ressalta isso em seu verbete sobre o filme:
“Substituindo com o que o próprio Ernst Lubitsh chamou de ‘epigramas visuais’ os verbais de autoria de Oscar Wilde, Lady Windermere’s Fan conseguiu milagrosamente capturar a essência e o espírito da peça de Wilde sem recorrer a uma única frase dos diálogos do dramaturgo. Lubitsch foi grandemente ajudado nos seus esforços por um brilhante elenco que incluía Irene Rich como Mrs. Erlynne (na foto acima), Mary McAvoy como Lady Windermere, Bert Lytell como Lord Windermere, Ronald Colman como Lord Darlington e Edward Martindale (como Lord Augustus Lorton). Julien Josephson adaptou a peça para as telas e Charles Van Enger foi o cameraman. O filme ficou na lista dos dez melhores de 1925 do New York Times.”
Essa última informação é importante – assim como outra, dada no texto de abertura do capítulo sobre os filmes do estúdio lançados naquele ano de 1925. Ali, o livro sobre a Warner Bros. informa que o estúdio fez 31 filmes em 1925, quatro deles estrelados por Rin-Tin-Tin, e todos os quatro foram sucessos de bilheteria. “Artisticamente, foi Kiss Me Again de Ernst Lubitsch e sua adaptação da peça Lady Windermere’s Fan que conquistaram a crítica.”
Ou seja: embora hoje o filme seja bem menos conhecido e falado do que outras obras de Lubitsch, como Ninotchka (1939), Ser ou Não Ser (1942) e mesmo O Diabo Disse Não (1943), ele teve amplo reconhecimento no seu tempo.
E não só no seu tempo: em 2002, foi selecionado para preservação no United States National Film Registry pela Biblioteca do Congresso, como “culturalmente, historicamente ou esteticamente significante”.
Há que haver uma sinopse, um resumo da trama maravilhosa. E não vou me dar ao trabalho de elaborar a sinopse. A Wikipedia em inglês apresenta uma longa, detalhada e muito bem feita apresentação do plot. Lá vai – sem aspas, para me desobrigar a ser literal e poder incrustar uma ou outra informação.
No mesmo dia em que Lord Darlington demonstra um especial interesse por Lady Margaret Windermere, seu grande amigo, Lord Windermere, recebe uma carta de Edith Erlynne, pedindo para que ele a encontre para tratar de um assunto importante e urgente.
(Na foto acima, da esquerda para a direita, Ronald Colman como Lord Darlington, o paquerador, Bert Lytell e May McAvoy como Lord e Lady Windermere).)
Edith Erlynne, mulher bela, mas de péssima reputação, estava voltando para Londres depois de passar uma temporada no continente. Ela revela que é a mãe de Lady Margaret – a moça acreditava que a mãe havia morrido muitos anos antes, e tem imensa reverência pela figura materna. Por temor de que sua jovem mulher sofresse profundo abalo com a revelação da verdade, Lord Windermere compra o silêncio da agora revelada sogra com um cheque de £ 1.500 – uma grande fortuna à época.
Chantagista algum pára depois de receber o primeiro pagamento – e Edith Erlynne passa a viver folgadamente com dinheiro oi que recebe do genro.
Darlington percebe que há algo entre o amigo de quem quer roubar a mulher e a dama de má fama. Tenta demonstrar para Margaret que o marido tem uma amante.
No aniversário de Margaret, o marido apaixonado a presenteia com várias jóias e um belíssimo, caríssimo leque – o leque do título original e do usado pelos exibidores brasileiros. A mãe da moça insiste com o genro para ser convidada para a grande festa.
E não é necessário relatar o que virá a partir daí. Virá muita coisa. Uma trama de fato fascinante.
Lubitsch e o roteirista Julien Josephson fizeram alterações na peça de Oscar Wilde. Bem, atualizaram a época em que se passava a história, do início dos anos 1890 para a década de 1920. E mudaram um ponto bem importante: na peça, o fato de que Edith Erlynne é a mãe de Margaret vai sendo revelado aos poucos – no filme, o espectador fica sabendo disso de cara, logo na abertura.
Essa é uma característica interessantíssima do filme: o espectador fica sabendo de tudo o tempo todo, diferentemente dos personagens. Darlington, o paquerador da mulher do amigo, não sabe qual é a relação entre Windermere e Mrs. Erlynne. Windermere, por sua vez, não sabe que o grande amigo paquera a sua mulher. E Margaret, tadinha, essa não sabe de coisa alguma: desde criança foi levada a crer que a mãe estava morta; não tem a menor idéia de que aquela mulher mal afamada é na verdade sua mãe – e começa a crer que o marido está de fato tendo um caso com ela.
“Que Mrs. Erlynne é de fato a mãe que Lady Windermere crê que está morta havia muito tempo é um segredo da trama que Wilde mantém por mais tempo que Lubitsch, mas tanto na peça quanto no filme Lady Windermere nunca fica sabendo da verdade. Esta é uma comédia sem o tradicional final das comédias em que tudo é revelado e todos se reconciliam”, escreveu o estudioso e historiador de cinema Scott Simmon em um ensaio sobre o filme feito a pedido da National Film Preservation Foundation.
O texto – precioso – de Scott Simmon prossegue:
“De fato, tanto a peça quanto o filme se baseiam na comédia dos entendimentos parciais e dos falsos pontos de vista. É uma história sobre enganos e equívocos entre personagens que não conseguem enxergar o quadro inteiro – ao qual apenas nós temos acesso. Nesse sentido, o filme mudo, nas mãos de Lubitsch, era perfeitamente adequado à história, que – ele enfatiza – é sobre pessoas observando e sendo observadas, através de janelas, binóculos, monóculos e buracos de fechadura. A observação obsessiva é em sua maior parte social – envolvendo ciúmes de classe e curiosidade maliciosa – mas o voyeurismo erótico também está lá. Lubitsch teria oportunidade, assim, de estender tomadas de ponto de vista, reações e olhares cortantes a um nível de complexidade que nenhum filme havia alcançado antes. Pelo que se sabe, ele planejou cada posição da câmara, definiu os gestos de seus atores, e ‘pessoalmente editou o filme’ – algo tão pouco usual no studio system que chegou a ser descrito no Moving Picture World (um jornal importante sobre a indústria de Hollywood que existiu de 1907 a 1927).”
Pessoas observando e sendo observadas – através de janelas, binóculos, monóculos e buracos de fechadura.
É impressionante a maestria com que Lubitsch elaborou seu filme. Os pequenos detalhes – há tempos estou convencido de que os grandes filmes se fazem por pequenos detalhes. Há um momento em que Windermere diz que precisa sair, e deixa em sua casa a mulher e o amigo que a tenta seduzir. Margaret se aproxima da janela de um salão do segundo andar de sua casa; Darlington se aproxima dela. Os dois vêem que, na rua, Windermere chega perto de seu próprio carro, estacionado junto ao passeio, fica em dúvida, dispensa o motorista, atravessa a rua e pega um táxi. Darlington, o canalha, usa aquilo como mais um argumento para convencer a pobre Margaret de que o marido tem um amante – o que mais poderia explicar que um homem dispense seu próprio carro e pegue um táxi?
O roteirista Julien Josephson, e, claro, o próprio Lubitsch na direção, conseguiram conceber e executar um filme que absolutamente não parece a adaptação de uma peça teatral. A ação nunca se passa no mesmo lugar – os eventos se espalham pelos vários salões, pelos diversos cômodos da residência dos Windermere. Durante a festa de aniversário de Margaret, há longas sequências do lado de fora da casa, numa varanda, nos jardins.
E, sobretudo, há a extraordinária, fantástica, impressionante sequência – bastante longa – no hipódromo.
Pelo que se percebe, o hipódromo era, para a sociedade inglesa da segunda metade do século XIX e da primeira do século XX, um local tão importante quanto o teatro de ópera para a exibição dos casais, para a demonstração de poder, riqueza, elegância. O cinema se cansou de mostrar isso. Em My Fair Lady (1964), a adaptação para o cinema do musical da Broadway de Alan Jay Lerner, por sua vez baseado na peça Pigmalião de outro irlandês, George Bernard Shaw, há uma sequência também extraordinária e longa passada no hipódromo de Ascot. Posso apostar: para fazer aquela sequência, o grande George Cukor viu e reviu e reviu e reviu o trecho deste Lady Windermere’s Fan.
É uma sequência que os professores nas escolas de cinema deveriam exibir para seus alunos, abrindo para longas aulas de discussão.
Vem no filme depois que Lord Windermere faz o primeiro pagamento para Mrs. Erlynne, e um letreiro informa que ela passa a ter uma vida de luxo – sendo o alvo dos comentários da sociedade.
Estamos então no hipódromo, onde as pessoas da alta sociedade vão para serem vistas pelos outros – por seus pares, e pelos não tão ricos, que têm profunda inveja deles.
Estão sentados juntos Lady e Lord Windermere, o paquerador Lord Darlington e mais Lord Augustus Lorton, um senhorzinho de cabelos brancos tido como o solteirão mais desejado de Londres. Bem perto estão três amigas dos quatro, três solteironas, três senhorinhas que são a fofocaiada em carne viva.
Alguns degraus abaixo, nas cadeiras do hipódromo, está Mrs. Erlynne – jovem e bela ainda, radiante, mas solitária. Ninguém da boa sociedade poderia falar com ela, ser visto com ela. Com perdão da frase dura, deselegante, o fato de ela ter no passado dado para alguém fora do casamento a transformara em uma leprosa.
Mas todos a observam. Todos olham para ela, com seus binóculos. Os cavalos na corrida que se danem – os movimentos da pecadora são mais interessantes.
Sim, há algo de Alfred Hitchcock neste filme de 1925. Melhor dizendo: há no filme de Lubitsch algo que viria a ser do estilo de Alfred Hitchcock – que, então, em 1925, era um garotão de 26 anos de idade, e estava lançando seu primeiro longa-metragem, O Jardim dos Prazeres/The Pleasure Garden. No cânone hitchcockiano – inversamente ao que acontece nas obras de Agatha Christie –, o espectador fica sabendo das coisas antes dos personagens. E há sempre uma atmosfera de voyeurismo.
O estudioso Scott Simmon, autor de diversos livros sobre cinema, faz referência a Hitchcock em seu ensaio sobre Lady Windermere’s Fan. Repito duas frases para que fique mais claro o que ele quis dizer:
“Pelo que se sabe, ele (Lubitsch) planejou cada posição da câmara, definiu os gestos de seus atores, e ‘pessoalmente editou o filme’ – algo tão pouco usual no studio system que chegou a ser descrito no Moving Picture World. Lubitsch chegou ao improvável estúdio da Warner Bros (conhecido à época mais por filmes de ação como Clash of the Wolfes, com Rin-Tin-Tin) principalmente porque seu extraordinário contrato dava a ele completa autoridade e a montagem final, incluindo o direito de fechar o set até mesmo para os próprios irmãos Warner. Seu perfeccionismo do começo ao fim não teria algo igual até Hitchcock, que também era atraído por histórias sobre voyeurismo e controle sexual.”
O ensaio sobre o filme de autoria de Scott Simmon é de fato uma preciosidade, e gostaria de transcrever o início, informativo e revelador. Lá vai.
“Ali pelo final dos anos 1920, nos anos que precederam a morte do filme mudo, a forma encontrou uma inesperada sutileza. Nas mãos de uns poucos mestres, provou-se capaz de transmitir relações psicológicas e sociais complexas. É difícil imaginar muitos desafios maiores ao filme mudo do que uma adaptação da primeira peça cômica de Oscar Wilde,
Lady Windermere’s Fan, em que flutua um melodrama artificial na alta sociedade sobre uma corrente de sagacidades verbais. À primeira vista, era um projeto impossível – o que talvez tenha sido um dos atrativos para Ernst Lubitsch.
“Em 1925, Lubitsch vinha dirigindo nos Estados Unidos por pouco mais de dois anos, mas este filme já foi vendido usando sua reputação: ‘Você vai ver que Lady Windermere’s Fan foi produzido e dirigido à maneira de LUBITSCH, com atuações de um elenco de estrelas à maneira de LUBITSCH’. Filho de um alfaiate, nascido em Berlim em 1892 (três semanas antes da estréia em Londres da peça Lady Windermere’s Fan),
ele chegou aos papéis principais na companhia teatral de Max Reinhardt, antes de, em 1913, passar a atuar e dirigir na indústria cinematográfica da Alemanha. Quando seu drama histórico Madame Dubarry fez um surpreendente sucesso nos Estados Unidos em 1920 (com o título de Passion), ele passou a ser procurado pelas companhias produtoras dos EUA. Depois de um drama de costumes desastroso estrelado e produzido por Mary Pickford, Rosita (1923), ele descobriu seu estilo característico através de uma série de sofisticadas comédias de costumes, começando com The Marriage Circle (1924), e seu jeito cinematográfico sutil passou a ser amplamente admirado como ‘o toque Lubitsch’.
The Lubitsch touch. O famosérrimo Lubitsch touch. (Na foto abaixo, Lubitsch e May McAvoy, que faz a Lady Margaret Windermere do título.)
É preciso registrar: este filme de Lubitsch de 1925 foi a terceira de 12 adaptações para o cinema e/ou a televisão de Lady Windermere’s Fan. O verbete sobre a peça na Wikipedia em inglês enumera e detalha todos eles. Aqui estão algumas:
- em 1916, ou seja, apenas 24 anos após a estréia da peça, foi lançado um filme inglês, com o mesmo título da peça.
- em 1924, foi feito uma versão em Hong Kong;
- em 1935, houve uma produção alemã;
- em 1948, houve uma produção argentina, Historia de uma Mala Mujer, no Brasil História de uma Mulher Perversa, com Dolores del Rio como Mrs. Erlynne;
- em 1949, Otto Preminger dirigiu uma nova versão hollywoodiana, com o título de The Fan, no Brasil O Leque da Lady Windermere. A lindérrima Jeanne Crain fazia Lady Margaret Windermere, Madeleine Carroll fazia Mrs. Erlynn e George Sanders, o paquerador Lord Darlington;
- em 1954, o multiartista inglês Noël Coward criou uma versão musical da peça, com o título de After the Ball;
- em 1975, houve uma versão feita no Egito, dirigida por Hassan Ramzy;
- em 2004, houve mais uma versão hollywoodiana – uma adaptação da trama básica com muitas alterações, e o título A Good Woman, no Brasil Falsária. A ação se passava na Itália, nos anos 1930; o diretor é pouco conhecido, Mike Barker, mas no elenco estão Helen Hunt, Scarlett Johansson e Tom Wilkinson;
Um registro sobre o elenco do filme de Lubitsch.
Tanto May McAvoy, que faz Lady Margaret Windermere, quanto Irene Rich, que faz Mrs. Erlynne, eram atriz bastante famosas na época de lançamento do filme. O livro The Warner Bros. Story cita as duas como alguns dos grandes nomes de astros e estrelas contratadas pelo estúdio em meados dos anos 1920.
May McAvoy (1899-1984) estrelou The Jazz Singer, o filme de 1927 que marcou a chegada do som; na primeira versão de Ben-Hur (1925), fez Esther, a irmã do herói.
Irene Rich (1891-1988) colecionou 114 títulos em sua filmografia.
As datas de nascimento das duas – uma diferença de apenas oito anos – confirmam o que o espectador vê claramente no filme: uma não poderia ser mãe da outra, de jeito nenhum.
De todo o elenco, o nome que ficou mais conhecido foi o de Ronald Colman, que faz o paquerador da mulher do amigo. Ronald Colman (1891-1958), inglês de Surrey, 61 títulos na filmografia, teve quatro indicações ao Oscar de melhor ator, e levou o prêmio por Fatalidade/A Double Life (1947), de George Cukor. Teve um papel marcante em Horizonte Perdido, o filme do mestre Frank Capra passado na utópica Sangri-La.
Estão todos ótimos, May McAvoy, Irene Rich, Ronald Colman, e todos os demais atores. Lady Windermere’s Fan, insisto e não desisto, é uma maravilha de filme.
Anotação em maio de 2024
O Leque de Lady Margarida/Lady Windermere’s Fan
De Ernst Lubitsch, EUA, 1925
Com May McAvoy (Lady Margaret Windermere),
Bert Lytell (Lord Windermere),
Ronald Colman (Lord Darlington),
Irene Rich (Mrs. Erlynne),
Edward Martindel (Lord Augustus Lorton), Carrie Daumery (duquesa de Berwick), Billie Bennett (Lady Plymdale), Helen Dunbar (Mrs. Cowper-Cowper), Michael Dark (convidado na festa), Frank Finch Smiles (serviçal com a lista dos convidados), Larry Steers (convidado na festa), Ellinor Vanderveer (convidado na festa), Percy Williams (garçom na festa)
Adaptação e roteiro Julien Josephson
Letreiros com os diálogos por Maude Fulton e Eric Locke
Baseado na peça “Lady Windermere’s Fan”, de Oscar Wilde
Fotografia Charles Van Enger
Música Yati Durant
Montagem Ernst Lubitsch
Direção de arte Harold Grieve, Edgar G. Ulmer
Figurinos Sophie Wachne
Produção Ernst Lubitsch, Darryl F. Zanuck, Warner Bros.
P&B, 89 min
Fonte: 50 anos de filmes
Jornalista, ex-editor-executivo do Jornal O Estado de S. Paulo e apreciador de filmes e editor do site 50 anos de filmes.