Parcialidade de Moro e dos procuradores da Lava Jato é reconhecida pelo Comitê de Direitos Humanos da ONU
Não seria o caso de a grande imprensa brasileira, e de nós, jornalistas, fazermos um mea-culpa por acreditar em tudo ou quase tudo o que o ex-juiz Sergio Moro e seus comparsas da Lava Jato nos ofereceram como prova de que Lula era um criminoso e de que fora julgado e condenado da maneira mais isenta possível?
Antes fora apenas o Supremo Tribunal Federal a concluir pela parcialidade de Moro, anulando suas condenações. Não era pouca coisa, mas criticou-se o Supremo por causa disso. Depois que os demais processos contra Lula foram arquivados, então se disse que a maioria prescreveu e que a inocência dele não fora atestada.
Agora, o Comitê de Direitos Humanos da ONU afirma em nota oficial:
“A investigação e o processo penal contra o ex-presidente Lula da Silva violaram seu direito a ser julgado por um tribunal imparcial, seu direito à privacidade e seus direitos políticos”.
“Embora os Estados tenham o dever de investigar e processar os atos de corrupção e manter a população informada, especialmente em relação a um ex-chefe de Estado, tais ações devem ser conduzidas de forma justa e respeitar as garantias do devido processo legal”.
Lula se diz de alma lavada. Que tal começarmos a lavar a nossa?
Jornalista, atualmente colunista de O Globo e do Estadão.