8 de fevereiro de 2025
Ligia Cruz

Venezuela em convulsão

Maria Corina Machado é presa após manifestação

É vergonhosa a decisão do governo brasileiro de enviar representante à posse ilegal de Nicolás Maduro, amanhã em Caracas, Venezuela, enquanto o mundo democrático não o reconhece como o novo presidente.

As eleições presidenciais realizadas em 24 de julho de 2024 confirmou, com 70% dos votos comprovados em atas eleitorais (atualmente salvaguardas no Panamá), a vitória de Edmundo González, candidato da oposição.

O clima no país é de tensão. Maduro aquartelou a capital. A população em diversas cidades está nas ruas. Ninguém aguenta mais essa narcoditadura.

As embaixadas começam a movimentação de retirada de seus corpos diplomáticos.

Os manifestantes contra Maduro não estão dispostos a desistir. Agora há pouco, a líder da oposição, Maria Corina Machado, que convocou as manifestações, saiu de seu abrigo e foi às ruas, onde fez um pronunciamento. Ao sair do local em uma moto foi abordada por forças policiais e presa.

A apreensão tomou conta do país, assim que sua assessora divulgou os fatos porque há um mandado de prisão contra ela.

Não se sabe ao certo se foi por decisão do próprio governo para evitar sanções ou das próprias forças policiais que estão divididas, ela foi liberada e retornou ao seu refúgio. Todo mundo sabe que as táticas do ditador é agir fora dos holofotes. As próximas horas serão determinantes.

O país está aquartelado por Maduro. As manifestações tem sido dispersadas com gás lacrimogêneo e força bruta e todas as cidades.

Desde as eleições passadas as manifestações têm acontecido e aqui no Brasil ninguém divulga.

Até o momento 2.000 pessoas foram presas, dentre elas parentes de Edmundo González – todos submetidos à todo tipo de violência no cárcere. A casa da mãe de Maria Corina está cercada, para que ela seja presa de a visitar.

Hoje, Maduro convocou os chavistas para manifestações nos mesmos locais dos opositores para tentar esvaziar e provocar confrontos. Até o momento a população tem evitado radicalismos. O propósito é derrubar Maduro, não lutar contra seu igual.

Maduro conta com o alto comando das forças armadas, tal lá, quanto cá. Contudo, os escalões abaixo não fecham com a ditadura.

O presidente eleito está convocando os militares a se rebelarem. Obviamente, González, por razões de segurança, não poder estar no país. Há uma recompensa de US$100.000 pela sua captura.

As ruas decidirão o que está por vir. Maduro poderá até se plantar novamente no Palácio do governo de Miraflores, a questão é se vai se manter. “El pueblo exige la libertad. Venezuela libre, carajo! Valiente!”, gritou Maria Corina Machado, durante o ato público.

Ligia Maria Cruz

Jornalista, editora e assessora de imprensa. Especializada em transporte, logística e administração de crises na comunicação.

Jornalista, editora e assessora de imprensa. Especializada em transporte, logística e administração de crises na comunicação.

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