28 de março de 2024
Ligia Cruz

O lixo da prestação de serviços no Brasil


Que lixo se tornaram as empresas de prestação de serviços. Desde ontem sem elevador e com a água para acabar. A Eletropaulo não atende. A fila nas escadas lembra as do SAMU. Ameaça chover e a energia sofre picos. É um apaga e acende sem fim. A Vivo se rende à horda de incompetentes e nos deixa sem sinal de TV e internet. Já virou norma, choveu… e cada um que rime como quiser.
Pior de tudo são as pessoas segregadas pela incapacidade do Estado de gerir a coisa pública. Me lembro da infância na praia quando pacote de vela era item de primeira necessidade. Na chuvarada, as mães católicas colocavam a palma da última procissão na frigideira para queimar e depois a jogavam porta afora.
Era para a tempestade parar e não provocar enchente. Às vezes sim, às vezes não dava certo. E lá vinha a água suja para dentro das casas e as sanguessugas a grudarem em nossas pernas. Só que isso era anos 60, não século XXI. Estamos regredindo com o pior que há.
Essas empresas extorsivas e incompetentes batem na nossa cara todo dia.
E nós aqui presos em 2015 sem alento, nem poesia. Governos toscos é o que nos cabem. Nojo de festinha do PT, nojo do risinho amarelo do governador e da cara de “não sei” do prefeito. Estamos abandonados.
Em contato com a ouvidoria da operadora Vivo, após eu contar todo ocorrido, a atendente me disse que não poderia registrar o fato porque ela estava sem acesso ao sistema. Eu deveria acessar o chat e fazê-lo tudo on-line.
Como pode a gigante espanhola da telefonia, a Telefónica, desrespeitar de forma tão grotesca os clientes no Brasil?
Se fosse só eu, mas milhares de usuários sofrem diariamente com a arrogância, o desmando e total falta de decência e ética da empresa. Meu desejo é que haja uma investigação séria de todas as empresas de telefonia, “seus pacotes” enganosos de serviços de telefone móvel, fixo e TV. Um roubo! Não podemos aceitar essa esculhambação toda que acontece no país. Houve um enorme retrocesso nos direitos do consumidor.
Essas empresas são rapinas, assaltam nossos bolsos da forma mais vil. Qualquer um pode infartar durante um atendimento desse. Para essas empresas você é sempre culpado, mesmo que prove o contrário.
Eu não fiz uma ligação de 239,90 reais, às duas da madrugada, mas fui eu sim, que me diverti feito uma idiota por 42 minutos ligando para a Vivo/Telefónica.
Eu poderia estar tranquila fazendo meu trabalho, mas tenho que jogar meu tempo fora para ir ao Tribunal de Pequenas Causas.
Esse comportamento de deixar pra lá, bem brasileiro, não serve para mim. Estou tornando isso público porque sei que não estou só neste episódio.

Ligia Maria Cruz

Jornalista, editora e assessora de imprensa. Especializada em transporte, logística e administração de crises na comunicação.

Jornalista, editora e assessora de imprensa. Especializada em transporte, logística e administração de crises na comunicação.

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