Vivemos tempos tempestuosos e difíceis com a maldição das FAKE NEWS, que viralizam nas redes sociais e são manchetes na sórdida mídia, que falseiam fatos e distorcem informações, semeando difamações e assustadoras dúvidas no mundo pandêmico.
As notícias falsas se tornaram uma praga universal e incontrolável.
Foi amplamente divulgada pelo WhatsApp e pela Internet a falsa declaração do prêmio Nobel de Medicina, Tasuku Honjo, de que o coronavírus havia sido “fabricado” por um laboratório chinês, em Wuhan. Pelo site da Universidade de Kyoto, o imunologista japonês desmentiu “as falsas acusações” e disse estar “muio triste com a desinformação”.
Até que ponto se pode confiar no ex-Secretário do Partido Comunista, desde 2013, Presidente da China. Pertence à linha dura da ditadura expansionista chinesa. Nela, a verdade só é divulgada se for do interesse do regime e o silêncio acoberta os fracassos.
A desconfiança mundial sobre a maléfica conduta chinesa remonta ao início da pandemia.
Ficou provado que a China ocultou da Organização Mundial da Saúde (OMS) a origem e o surto do coronovírus. Só se descobriu o crime, quando um documento do Partido Comunista da China vazou e foi denunciado que o prefeito de Wuhan encobriu “por ordem superior” e por “mais de duas semanas” o novo vírus.
A partir da criminosa omissão o mundo ocidental acordou invadido pelo devastador “vírus chinês”. Amanheceu com uma hecatombe que já causou mais de 1,2 milhão mortes. Tudo parou, a economia decresceu sistematicamente e ninguém sabe quando o futuro vai chegar.
Enquanto o mundo mergulha de cabeça no abismo do luto e do retrocesso, não é uma FAKE NEWS dizer que a China deixou evoluir o efeito letal da epidemia, sem que isso afetasse a sua bem sucedida ambição de poder.
Haja visto a sua atual robustez econômica, industrial, militar e comercial.
Coincidência ou não: a China, o país fonte originária da pandemia, é hoje a 1ª potência mundial. Suas fábricas monopolizam o combate à pandemia em escala mundial. Estão abarrotadas de encomendas de mascaras, respiradores e kit testes e uma “vacina milagrosa” contra a Covid-19. Mais de “80% dos trabalhadores voltaram aos seus postos de trabalho e quase todos os negócios reabriram”, em ritmo de crescimento.
Nessa escalda hegemônica da China, o Banco Mundial alertou para a recessão em 19 países da zona do euro com o fantasma do lockdown, assombrando as ruas. O FMI prevê uma contração de 3% na economia global neste ano, exclusa a China, cujo Produto Interno Bruto (PIB) avançou 11,5% no 2º trimestre de 2020.
Não é FAKE NEWS: no recém festivo período de 1 a 7 de outubro da Semana Dourada, Wuhan, a cidade onde o vírus foi detectado pela 1ª vez há um ano, teve 19 milhões de visitantes. É agora “o principal polo turístico da China”. (ÉPOCA)
No momento em que o mundo é castigado com uma segunda onda de Covid-19, Angela Merkel, a chanceler da Alemanha, questionou a suspeita hegemonia da China: “Quanto mais prestar contas ao mundo com transparência, melhor será para todo o planeta.”
Mais grave do que a “desinformação” que entristeceu o imunologista japonês foi a omissão dolosa do governo comunista chinês, que não informou por meses à OMS e ao mundo do letal surto epidêmico, cometendo um crime hediondo contra a humanidade.
Que Deus ajude a ciência a descobrir, em breve, uma vacina eficaz para salvar o mundo.
Advogado da Petrobras, jornalista, Master of Compatível Law pela Georgetown University, Washington.