23 de abril de 2024
Veículos

Onix Active: vale pagar mais pelo visual?

Chevrolet Onix Active 2017 | Alexandre Kacelnik

Versão “aventureira do Chevrolet Onix, o Active é também a mais cara da linha e oferece um bom pacote de acessórios como itens de série. Neste post (e no vídeo da TV Rebimboca, que você acessa pelo link a seguir), você vai conhecê-lo em detalhes.

Indiana Jones ou Forest Gump?
Versões aventureiras, ou melhor, versões com visual aventureiro de modelos os mais diversos são uma tendência já consolidada no mercado automotivo global e que, aqui no Brasil, parece fazer ainda mais sucesso. Talvez isso aconteça porque os SUVs – carros que incorporam um pouco mais do que simples acabamentos de inspiração fora de estrada e dois ou três dedinhos a mais de altura em seus projetos para ficarem com “cara de valentes” – tenham aqui preços comparativamente bem mais altos do que lá fora. Afinal, nesses nossos tempos bicudos, poder tirar onda de Indiana Jones pagando preço de um Forest Gump não parece ser mesmo uma má ideia. Embora custe quase o mesmo que, por exemplo, as opções mais baratas de um Renault Duster – este sim, um SUV de corpo e alma –, o Chevrolet Onix Active se encaixa nesse raciocínio.

Chevrolet Onix Active 2017 | Henrique Koifman

Por fora, o Active segue à risca a receita de sua tribo, dos plásticos imitando peças metálicas ao bagageiro e às molduras das caixas de rodas – essas sim com alguma função prática, pois protegem um pouco a lataria de eventuais pedrinhas soltas estilingadas pelos pneus. O resultado geral – para o meu gosto, pelo menos – é bem simpático. O Onix “comum” não chega a ter um desenho lá muito cativante e esses retoques lhe conferiram, no mínimo, um pouco mais de personalidade. Mais ainda pelo carro que testamos estar pintado em um belo tom alaranjado metalizado.

Chevrolet Onix Active 2017 – Interior

Por dentro, as diferenças em relação ao padrão estão principalmente na combinação de cores, que se destaca nos bancos, forrações das portas e até no painel – que no carro que dirigimos era revestido em tom laranja em algumas partes.
Pode parecer estranho, mas essa pequena alteração deu ao carro uma sensação de qualidade bem superior à da também bem equipada versão LTZ, que avaliamos alguns meses atrás. Aliás, você pode conferir o post dessa avaliação – incluindo dados sobre o desempenho – neste link aqui. Como, fora o tratamento visual, os carros são idênticos, não vou repetir tudo aqui, ok? O vídeo completo do LTZ está no link na janela abaixo.

Chevrolet Onix Active 2017 | Henrique Koifman

Versão do Onix mais vendida é mais barata…
Com ou sem enfeites, o Onix é hoje o carro mais vendido no país e isso não acontece por acaso. Tudo bem que entre seus méritos está o fundamental fator preço, que torna a versão intermediária LT 1.4 (a mais vendida da linha) uma opção realmente atraente. Mas, não tivesse também outras qualidades, dificilmente ele estaria no topo da pirâmide – vide o caso do bem mais barato, mas raro nas ruas, Cherry QQ. E desses méritos fazem parte o rodar suave e confortável, a boa estabilidade, o espaço interno correto, a robustez mecânica (sua fama é das melhores, inclusive entre os sempre bem informados taxistas) e o bom valor de revenda.

Chevrolet Onix Active 2017

Bom pacote a bordo
No caso da versão Active especificamente, estão a bordo praticamente todos os opcionais bacanas, como o ótimo câmbio automático de seis marchas, a providencial câmera de ré e a boa e descomplicada central multimídia My Link, com a mordomia virtual do serviço OnStar incorporada. Para quem não liga o nome à utilidade, eu relembro: o carro vem equipado com um chip de comunicação que dá acesso a uma série de serviços de apoio, como localização, GPS, reserva de ingressos e mesas em restaurantes, socorro mecânico e outras coisinhas mais, tudo ao alcance de um botão e por comando de voz. Ou melhor, por conversa, mesmo, pois a central é povoada por gente de verdade que faz o atendimento em tempo real, à moda antiga.

Chevrolet Onix Active 2017

Vou repetir a pergunta que abre este post e com a qual eu encerro o vídeo para terminar nosso papo. Afinal, vale a pena pagar mais só pelo visual do Active? Uma unidade como a que testamos sai por cerca de R$ 65 mil, enquanto é possível comprar um Onix mais simples, mas com configuração semelhante por uns R$ 10 mil a menos. Pouco criativo que sou, repito também a mesma resposta que dei na gravação: se a decisão de compra for meramente racional, não, não vale a pena. Mas se você escolhe seu carro também pelo que sente emocionalmente em relação a ele e se o fator custo não é no momento algo decisivo nessa escolha, vale sim. É um carrinho bem bacana.
Curtimos
Visual descolado-aventureiro na medida certa
Muitos equipamentos e opcionais úteis e práticos
Câmbio automático de seis marchas simples, mas espertinho
Não curtimos
Desempenho poderia ser mais estimulante
Alto nível de ruído em acelerações mais fortes
Falta de apoio de cabeça e cinto de segurança de três pontos no assento central do banco traseiro
Conclusão
O Onix é hoje o carro mais vendido do país e isso se deve, também, às suas boas qualidades. Mas escolher a versão Active, que é das mais caras da linha, é antes de tudo uma questão de gosto pessoal.
Fonte: Blog Rebimboca

Henrique Koifman

Jornalista, blogueiro e motorista amador.

Jornalista, blogueiro e motorista amador.

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