28 de março de 2024
Veículos

Mille Miglia Storica: a corrida mais bonita do mundo

Imagine a cena: você está passeando pela Itália, sem compromissos nem pressa, dobra uma esquina em uma pequena cidade do interior e dá de cara com um verdadeiro desfile de carros clássicos esportivos, de idades diversas – entre os anos 1900 e 50. Pois foi exatamente isso que aconteceu com o correspondente da Rebimboca – e da página Carros do Rio, no Facebook –, Marcelo Carnaval*. Super fotógrafo, ele é autor dessa variada galeria que você vê, transformando este post em uma galeria de máquinas espetaculares. Ele passava por Sirmione, onde por feliz coincidência, também passava a Mille Miglia Storica, se não a maior, seguramente a mais bonita corrida de automóveis antigos o mundo.

Vale aqui uma pequena contextualização: a Mille Miglia (mil milhas em italiano) foram disputadas pela primeira vez em 1927 e, como o nome indica, percorria 1.600 km (ou 1.000 mi) por estradas, com partida em Brescia e chegada em Roma. Foram disputadas nesse formato, ao todo 24 edições da prova, 13 vezes antes da Segunda Guerra Mundial, 11 vezes depois, sendo a última em 1957. Se você pensar em dezenas ou até centenas de carros voando por estradas – e atravessando povoados – “a toda”, vai entender porque essas corridas terminaram.

Ao longo de suas edições, a prova teve entre seus vencedores alguns dos maiores pilotos italianos de todos os tempos – como Durante seus anos de outro, a corrida teve como vencedores alguns dos maiores pilotos italianos de todos os tempos – como Tazio Nuvolari, Carlo Maria Pintacuda e Alberto Ascari – e, também estrangeiros, caso do genial britânico Stirling Moss.

Em 1977, um grupo entusiastas e colecionadores de automóveis decidiu recriar a prova, mas em versão “ultra-light”. Para começo de conversa, ela não é mais uma corrida, mas sim um rali de regularidade, em que vence quem melhor conseguir manter velocidades médias estabelecidas para a soma de todos os trechos do percurso. Além disso, só podem participar carro produzidos até 1957 – justamente o ano da última edição da disputa original.

O percurso não é exatamente o mesmo, mas tem, também, 1.600 km de extensão, passando por inúmeras cidadezinhas bacanas – como Sirmione, onde o Marcelo estava nesse dia. E, na prática, a coisa toda é uma enorme, colorida e barulhenta festa de carros antigos, com a participação de modelos clássicos não só italianos, mas de diversos países. Muita gente, aliás, vai para lá com sua joia sobre rodas para participar dessa celebração automotiva.

Alfa Romeo, Ferrari, Bentley, Bugatti, Lancia, Maserati, Rolls-Royce, Fiat, Porsche, MG… Peço desculpas por não identificar cada um dos modelos (até conheço alguns, mas carros de épocas anteriores aos 1950 não são “minha especialidade” e não tive tempo para pesquisá-los).

Nada mal, ein?

(*) O Marcelo Carnaval está viajando pelo Velho Continente de motor-home com a com a namorada (e também super fotógrafa), Adriana Lorete. Você pode acompanhar suas fotos e (também ótimas) crônicas de sua viagem pelo Velho Continente no perfil @fotorhome, no Instagram.

Fonte: Blog Rebimboca

Henrique Koifman

Jornalista, blogueiro e motorista amador.

Jornalista, blogueiro e motorista amador.

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