Hoje é dia do alinhamento de Júpiter e Saturno. É uma rara conjunção que pode ser vista em noite mais limpa.
Começa hoje também a longa era de Aquário, cantada por muitos como o tempo da solidariedade. Ela sucede a era de Peixes.
Tudo que traz alguma esperança nesse momento é bem-vindo. Sou do signo de Aquário, acho as qualidades atribuídas a ele muito interessantes, mas confio muito na nossa capacidade de abrir caminhos, corrigir erros e seguir adiante, independente dos astros.
Mas tudo vale como ajuda ao conhecimento. Lembro-me dos tempos em que estudava o I Ching e achava nele orientações válidas, apesar das épocas e situações diferentes. Eu via o livro como um provocador de associações e insights que já existiam dentro de mim.
Na Europa fala-se muito a mutação do coronavírus. Ela tem um lado assustador pois seu nível de contaminação é 70 por cento maior. Mas tem também um lado menos preocupante: essas mutações não conseguirão reduzir a eficácia da vacina, segundo os cientistas.
Ontem, domingo, fui ver o jogo do Flamengo como faço sempre que tenho tempo. Ultimamente, vejo todos. Fiquei chocado com o episódio de racismo envolvendo o volante Gérson. Vi pela televisão todo aquele movimento e embora não ouvisse nada, suspeitei que se tratava de uma ofensa racial.
Mais surpreendente ainda ter partido de um jogador do Bahia. Embora tenha vindo da Colômbia não é possível que tenha ignorado a presença negra em Salvador, na própria torcida do clube em que joga.
Fiquei furioso com a reação do técnico do Bahia, Mano Menezes, que minimizou a ofensa e insinuou que a reclamação de Gerson era malandragem.
Mano Menezes caiu. Foi demitido, em boa hora. Se fosse ele, nem voltava para a Bahia para fazer as malas.
Há duas semanas, houve um problema semelhante em Paris e o jogo foi interrompido. Não há mais espaço para isso.
Com a chegada do fim do ano, todos temos de preparar balanços de fim de ano. Não há dúvida que, apesar de surgir apenas nos primeiros meses por aqui, a pandemia dominou todo o panorama.
Quanto nais avançava, mais era negada por Bolsonaro. Estava examinando uma edição de falas de Bolsonaro, desde o princípio quando para ele a pandemia era apenas uma gripezinha como agora a vê como algo que está no finzinho.
Impossível escrever a história da pandemia no Brasil sem acentuar o negacionismo que derrubou dois ministros da saúde e acabou instalando um general em seu lugar.
Leio que John Kerry, secretário de Biden para as grandes questões ambientais, quer um encontro com o governo brasileiro. Parece que há uma proposta de ajuda financeira condicionada ao combate do desmatamento.
Em essência era o que faziam Noruega e Alemanha mas foram rejeitadas por Bolsonaro, que jogou milhões fora sob o argumento de manter a soberania nacional. Vamos ver o que acontece nesse novo governo americano.