3 de dezembro de 2024
Carlos Eduardo Leão

Ecochatos: os ambientalistas da conveniência

Ambientalistas radicais, eis no mundo uma turma de chatos de galocha!

Outro dia ouvi um relato sobre uma conversa de uma respeitável senhora com um jovem caixa de um conhecido supermercado.

Antes de revelar o diálogo, reforço a minha total ojeriza por esse insuportável papinho sobre meio ambiente, onda verde, Amazônia, pulmão do mundo, Greta Thumberg, Leo Di Caprio, a turma de repulsivos “influencers” tupiniquins como algumas autoridades, artistas, jornalistas, todos unidos em torno de uma bandeira radical desfraldada pela esquerda mundial sem qualquer aceitação científica séria. Haja saco pra essa turma!

“Da próxima vez aconselho trazer suas próprias sacolas pra embalar suas compras porque essas plásticas não ajudam o meio ambiente”, sentenciou o jovem caixa do mercado, um mix do Coringa com Mark Ruffalo depois da gripe.

“Mil desculpas! É porque na minha época não havia esse negócio de “onda verde”, respondeu a constrangida senhora.

“É esse o nosso problema de hoje minha senhora. A sua geração não se preocupou com o nosso meio ambiente”, rebate o “Robert Redford” do subúrbio

“Bem, como foi você que levantou a questão acusando toda uma geração peço que me escute com atenção”. E aí, a elegante senhora elencou uma série de fatos, que descreverei a seguir, que calou o pseudo ambientalista.

Na minha época as garrafas de leite, refrigerante, cerveja eram de vidro. Devolvíamos para o supermercado que as enviavam para esterilização para serem reutilizadas. Hoje, são de plástico ou alumínio de difícil digestão pela mãe natureza.

Na minha época as fraldas dos meus filhos eram lavadas à mão, no tanque, e a secagem através da ação 0-800 do sol e vento. Hoje são descartáveis e desprezadas aos milhões diariamente nas costas do Planeta. Nada de secadoras elétricas que estragam e viram sucatas que poluem o mundo.

Nessa ordem de ideia, na minha geração o comum era termos apenas uma pequena TV. Hoje, até em banheiros e cozinhas há uma TV. Elas estragam, são descartadas ao léu e nos sujam.

Por falar em cozinha, na minha época os meus bolos eram feitos na munheca. Nada de batedeiras elétricas e outros “devices” assemelhados que terão o mesmo triste destino das TVs, enriquecendo o mundo de lixo e sujeira.

Na minha época ao enviarmos uma encomenda frágil pelo Correio embalávamos em folhas de jornal e sempre chegavam incólumes ao destino. Os plásticos-bolha de hoje, demoram 5 séculos para serem digeridos.

Na minha época tomávamos água de filtros de barro em copos de vidro. Hoje, a facilidade de copos descartáveis e garrafas pets saciam a sede na mesma proporção que inundam oceanos.

Mas você tem razão. Na minha época não tínhamos essa onda verde. Confesso que fico impressionada ao ver um jovem tão preocupado com o meio ambiente. Apenas duvido que essa juventude de ecochatos, com tanta conveniência, abriria mão de tamanha facilidade, para viver apenas uma semana do jeito que nós vivemos. E éramos muito felizes, diga-se de passagem.

Vivi a época dessa senhora, fui muito feliz mas, sinceramente, prefiro minha vida de hoje. Portanto, não sou hipócrita e nem carrego esse sentimento de culpa que querem nos imputar. Vivemos a evolução. A diferença das épocas é que hoje coexistimos com o extremismo de ambientalistas radicais cujas teorias não batem com a ciência séria. Preferem culpar-nos pelo cinismo de suas pautas enviesadas.

Triste sina da humanidade!

Carlos Eduardo Leão

Cirurgião Plástico em BH e Cronista do Blog do Leão

Cirurgião Plástico em BH e Cronista do Blog do Leão

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