13 de outubro de 2024
Colunistas Marco Angeli

Os Quixotes nordestinos

Consórcio Nordeste, longe de Bolsonaro, é um vexame na Europa

Em março deste ano, 9 governadores do Nordeste, entre eles a inesquecível Bezerra (PT), criaram o chamado Consórcio Nordeste.

Apesar da fachada bacaninha criada pelas máquinas de propaganda dos governos estaduais, o Consórcio tem uma vocação indisfarçável: o de lutar contra o surpreendente governo de Bolsonaro que ameaça o coronelismo e os dinossauros da velha politicalha da região.

E o de espernear pelo separatismo, criando algo como a República Federativa do Nordeste.

Além da Bezerra -aquela que comeu marmita no Senado com a Gleisi, lembram?- a gangue é composta por Flavio Dino (PCdoB), Rui Costa (PT), Belisvaldo Chagas (PSD), Renan Filho (PMDB), Camilo Santana (PT), João Azevedo (PSB), Paulo Camara (PSB) e Wellington Dias (PT).

Só gente fina, como se pode perceber claramente, apesar de suas origens na pré história da política, onde eleição se resolvia na faca ou na bala pelo Homo Politicus, que acabou gerando mais tarde o Homo Corruptus, representado com maestria por essa turma.

No último dia 15, lá se foram os conspiradores em ‘missão’ para a Europa, aclamados pela sua própria imprensalha, e dispostos a trazer investimentos e grandes negócios.

Como loucos quixotes do sertão, alienados e burros, todos se enfiaram nas primeiras classes dos aeroplanos, torrando a grana pública e completamente descolados do governo que odeiam, o de Bolsonaro.

Em nenhum momento usaram a bandeira de seu país, o Brasil, símbolo que agora não mais lhes pertence, e sim ao governo ‘fascista’.

Numa foto, tirada na França, usaram a logomarca do consórcio, e só.

Bandeira errada: a Bezerra deu com os jegues n’água.

Deram com os burros no oceano.

Não foram recebidos por ninguém que valesse a pena.

Só por entidades desconhecidas e funcionários de segundo escalão, em reuniões inexpressivas.

Em Roma, por exemplo, na menor sala do Centro Congressi Auditorium della Tecnica, apenas 40 ‘empresários’ aborrecidos estiveram presentes, dos 150 convidados.

A imprensa europeia ignorou totalmente a caravana dos quixotes.

Resultado: um redondo zero.

Zero de investimentos conseguidos, zero de negócios feitos.

Nem promessa pra consolar.

O que não impediu os tripulantes do jegue da alegria de torrarem a verba do povo em restaurantes famosos e caros, viagens de primeira classe e hotéis de luxo.

Wellington Dias, do Piauí, resolveu esticar a viagem até a Espanha para resolver assuntinhos particulares

Camilo Santana, do Ceará, aproveitou para dar um pulinho ali em Paris para visitar a irmã e ao que se sabe ainda não voltou.

Enquanto isso a imprensalha comprada por ele mostrava fotos do ilustre visitando canteiro de obra para mostrar serviço.

A previsão é que voltariam no dia 22.

Só sobrou dessa caravana tosca que pretende lutar contra os moinhos de vento de Bolsonaro -aqueles que finalmente mudam o país para melhor- algumas bisonhas afirmações, além do desperdício de dinheiro publico.

Uma delas, da desconhecida Ana Elisa Bison, ‘diretora de Relações Internacionais da Cofindustria’ (eu nem sabia que essa coisa existia), enalteceu o separatismo:

“Juntos como um único território, o Consórcio Nordeste tem mais força(…)”

Para que é o que não se sabe.

Para tungar o povaréu nordestino mais ainda?

Outra foi a ideia repentina e criada na hora pelo governador do Ceará, elucubração mental sobre um projeto de integração de águas para eliminar os carros pipa da região.

Não disse quando e nem quanto custaria o tal projeto, naturalmente.

Conversa pra cangaceiro dormir na rede, já que todo mundo sabe que os tais carros pipas são importante fonte de renda para ele e todos os corruptos da região.

Um aspecto positivo: não se ouviu a Bezerra gritar ‘gópi’ em momento algum e para nada.

Uma notável evolução, em se tratando desse pterodáctilo da política.

Fonte: www.marcoangeli.com.br

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