Ora! Vejo muita gente contrariada porque um candidato biônico, projetado numa corte de justiça e resgatado do xilindró, se hospedou num hotel de classe média com a modesta diária de US$1.200 aproximadamente. Eu disse dólares!
Que coisa! Implicam com tudo.
O que tem demais?
O candidato deve usar recursos legais bancados por um Fundo Eleitoral que arrecada contribuições compulsórias de impostos diretos e indiretos de brasileiros que ganham de R$1.200 por mês até os píncaros dos abonados brasileiros. Quer dizer; os abonados, se puderem sonegar boa parte o fazem alegremente, ao contrario do triste assalariado. Eu disse reais.
Ninguém é tolo para acreditar que os banqueiros, rentistas e milionários que apoiam o candidato biônico se hospedam num hotel da categoria de classe média.
Além do mais, a atitude do candidato é pedagógica porque coerente com sua recente crítica de que a classe ‘média brasileira é esbanjadora’.
Ele tem autoridade para dizer isso! Vive dizendo por aí que elevou o status de consumo do povo humilde. Nas suas gestões o brasileiro pobre viajava de avião e equipava suas casas com eletrodomésticos, para a ira dos ricos do país que tão nem aí pros pobres.
Em 2010, Mantega mandou essa: “quase já se pode afirmar” que o Brasil é um país de classe média.
E Mantega, como sabemos, é um membro do coletivo de economistas que elabora o programa de governo do candidato biônico. Se ele vencer, claro!
Artista visual. Participou da exposição Opinião 65 MAM/RJ. Propostas 66 São Paulo, sala especial “Em Busca da Essência” Bienal de São Paulo e diversas exposições individuais no Brasil e no exterior. Foi diretor dos Museus da FUNARJ, Secretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, diretor do Instituto Nacional de Artes Plásticas /FUNARTE e outras atividades de gestão pública em política cultural.