Nesta semana morreu em sua mansão em Beverly Hills, EUA, aos 91 anos, Hugh Hefner, o fundador da Playboy, a primeira publicação erótica destinada ao público masculino para venda em bancas. Ele é para muitos ainda hoje reconhecido como ícone da liberdade sexual dos anos 1950.
Como se diz hoje, foi uma grande sacada. Ele acabou com um mercado informal e estampou capas com suas famosas coelhinhas parcial ou completamente nuas. Foi um estardalhaço à época. Hefner tornou-se o milionário mais invejado do seu tempo.
No Brasil as publicações eróticas clandestinas, chamadas de “catecismo”, passavam de mão em mão, às escondidas, e continuaram assim por algum tempo porque eram mais acessíveis.
De lá pra cá surgiram outras, inclusive as “sensuais” para o público feminino, mas não emplacaram como se imaginava. Surgiram as versões LGBT, porém nenhuma de grande lastro.
O que mudou na mentalidade do brasileiro com esse movimento do erotismo libertário? No que diz respeito à exposição do nu feminino um exagero de propósitos. Hoje vende-se de tudo sob esse apelo, até peça de veículo porque virabrequim é sexy.
Os excessos estão sendo combatidos timidamente ainda, nem mesmo as leis fazem frente aos equívocos causados por toda essa liberalidade em relação à figura feminina. Por ser de conhecimento público a desatualização e ineficácia da legislação brasileira, a mulher sofre toda sorte de abusos em casa, nas vias públicas, no transporte e mais.
A ponto de um professor de direito, Victor Leão, nesta semana, em aula para candidatos a concurso ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná usar de ironia de péssimo gosto dizendo que “mulher gosta de apanhar”, “de levar porrada”, “joelhada”, “mulher se acha”. Para que isso? Qual o fundamento jurídico que justifique essa aula?
O Brasil vive um momento de desacerto total do que pode e não pode, o que é bom e de mau gosto, o que é moral e imoral. Sem nenhum rasgo conservador nisso, mas também não desse liberalismo adolescente que uma minoria quer fazer crer que é o melhor para todos.
Essa exposição do MAM em que um homem nu interage com o público, inclusive infantil, é questionável. Até olhar, releva-se, mas estimular meninas a tocarem o sujeito ou mesmo andar de mãos dadas com ele, para quê? Uma quebra de paradigma em relação ao nu masculino? Admite-se. Mas sem usar crianças e incentivá-las ao que não é natural, é arte porque não é.
Não nos enganemos. O brasileiro é conservador e o nudismo não é visto de modo natural. Aqui o buraco é mais embaixo. A linguagem aprendida em casa e na sociedade ainda hoje é a de que mulher despida é pelada, homem sem roupa é nu. A diferença é que “pelado” é um termo usado para descrever um animal sem pelo. É preciso compreender o significado das coisas e o peso que elas têm.
A ruptura com essa mentalidade anos 1900 não virá a fórceps, mas com a apreensão de novos valores pelo povo. Bem-vindos os nus todos se tiverem um propósito, inclusive o masculino que já foi por tempo demais escondido. Mas deixem as crianças evoluírem dentro de seu tempo.
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