Otimista como um “Candide” de Voltaire, mesmo depois das fezes do STF no meu jantar de Machado de Assis, abandonei as delícias de meu lar, para acompanhar (sofrer) com o jogo (sic), de Galo X Cruzeiro (Marias), hoje, 10 de novembro, supostamente em 2019.
Lembrei-me até que, como prefeito, o Kalil era um ótimo presidente do Atlético Mineiro.
Como pode um time que estava lá no alto chegar tão baixo?
Simples, quando se sabe: a boa e velha Burrice. No caso, o mordomo de sempre, o técnico do Galo, “Sei Lá O Quê” Mancini.
E provo, como A+B = 4.
Recapitulemos, mas nem tanto.
No meio da semana, depois de um jejum digno de um etíope, o Galo derrotou a potência Goiás, com dois gols, de dois jovens e famintos jogadores. Bruninho e Marquinho, se não me engano. Minas adora diminutivos. Combina com sua estatura pensante e econômica.
Pois bem.
Estes dois garotos, de 20 ou 20 e poucos anos, sedentos de fama, grana, Brahma e cama – não necessariamente nesta ordem – jogaram na cara dos colegas, da torcida e do técnico Einstein, a gana de vencer, com muito talento. Aquele talento dos jovens, ávidos e grávidos da vida inteira pela frente.
Pode-se dizer que, salvo engano de novo, Bruninho, Marquinhos ou Marquinho salvaram a Pátria de Chuteiras, no mínimo, pouparam-nos de mais um vexame.
O que um técnico dotado de dois neurônios faria?
Nem precisamos de tempo para pensar. Escalaria a dupla, desde o início ou o mais rápido possível.
Mas não, mais imbecil que um cabelo no sabonete, o tal do Mancini deixa os dois no banco, coloca as múmias em campo e, só no final, joga os dois num jogo mais chato e inútil do que tentar discutir com petista.
E quem viu pode até rever. Não o zagueiro Réver, mas “rêver” que, em francês, quer dizer “sonhar”.
Marquinhos e Bruninho jogaram mais, em 10 minutos, do que todo o time do Galo e do Cruzeiro, em 90 minutos.
Então, pergunto de novo. O que é este Mancini? Burro, idiota, pacóvio, imbecil, estúpido, retardado ou todas opções juntas mais os sinônimos que tive preguiça de lembrar?
PS: Esta singela dica serve também para o Tite que, soubesse ler, já teria escalado todo o time do Flamengo para a Seleção Brasileira.
Jornalista, escritor, escreveu no Jornal O Tempo e já publicou dois livros.