6 de outubro de 2024
Editorial

Direito ao recall eleitoral

Foto: Arquivo Google – JusBrasil

Podres poderes, sejam eles federais, estaduais ou municipais. Membros dos Legislativos estão envolvidos em corrupção. Nada diferente com os integrantes dos Executivos. E para demonstrar que ninguém escapa, os membros do Judiciário nos mostram diariamente as suas nefastas caras. Não se envergonham de recorrer a leis imorais para obterem injustificáveis ganhos. Não bastasse o descarado auxílio-moradia, os juízes recebem, ao menos no Rio de Janeiro, gratificação para audiência de custódia. A sem-vergonhice desconhece limites. Como nos livrar dessa verdadeira organização?
Embora o Planalto se esforce para maquiar bons dados econômicos e de segurança através da mídia, com falsas agendas positivas, índices internacionais revelam aumento de desigualdades sociais, insegurança pública, escassez de investimento em saúde e educação, frutos de um governo dirigido por caminhos escusos de privatizações e permutas indecentes por votos no Congresso em prol de reformas esdrúxulas. Ademais, não há perspectiva de melhoria moral no país enquanto os próprios julgadores de crimes contra a nação ameaçarem greve pela manutenção do vergonhoso e injustificável auxílio-moradia. Ameaçar não, eles fizeram uma paralisação de 24h por “melhores” salários…
No momento em que a sociedade deixa claro a rejeição ao auxílio-moradia pago a algumas categorias e da estabilidade, que tal falarmos do ponto facultativo,  outra mazela que beneficia todos os servidores e prejudica empresas e cidadãos que precisam de atendimento e serviço independentemente do dia? Servidor público é para servir à população e ao contribuinte e não o contrário. Quanto custa para o país, em seus mais de 5.500 municípios e com milhões de funcionários, tal privilégio descabido?
Por outro lado, foi dada a largada para a apresentação dos futuros candidatos à Presidência da República. Quando o Judiciário afirma que vai punir falsas notícias que forem inseridas nas redes sociais, deveria começar punindo as mentiras e as falsas promessas apresentadas pela maioria dos políticos, principalmente os presidenciáveis. Os direitos e os deveres não são os mesmos?
As palavras-chave nos discursos dos pré-presidenciáveis: “tudo pelo Brasil e pelo bem do povo brasileiro”. Estará valendo até terminar a votação e os eleitos assumirem. Aí veremos o verdadeiro sentido das palavras-chave: “tudo para mim e para os bem dos meus camaradas”.
Cadê o nosso recall eleitoral?

Valter Bernat

Advogado, analista de TI e editor do site.

Advogado, analista de TI e editor do site.

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