26 de julho de 2024
Colunistas Lucia Sweet

Uma planta mágica

Muguet du bonheur, ou lily of the valley – convallaria majalis – já foi considerada uma planta mágica. Segundo Homero, na mitologia grega o muguet foi criado por Apolo para perfumar o chão pisado por suas nove musas, as musas do Olimpo, que presidiam as artes e as ciências e inspiravam os governantes a estabelecer a paz entre os homens.

Mnemósine, filha de Urano e Gaia e uniu-se a seu sobrinho Zeus, disfarçado de pastor. Passaram nove noites juntos, nas montanhas e depois de um ano Mnemósine deu à luz as nove musas.

Calíope, a da bela voz, era a musa da Poesia Épica; Clio, da História; Erato, da Poesia lírica; Euterpe, da Música; Melpômene, da Tragédia; Polimnia, da Música sacra; Táli, da Comédia, Terpsicore, da Dança e Urânia, da Astronomia.

A tradição de celebrar o dia 1º de maio com um bouquet de muguet para trazer felicidade teve início no século XVI , com o rei francês Charles IX . Depois caiu no esquecimento até a Belle Époque, quando os grandes couturiers franceses passaram a oferecer um ramo de muguet a suas clientes e costureiras.

Mais tarde, Christian Dior fez do muguet du bonheur o símbolo da sua Maison de Couture e lançou o perfume Diorissimo, que tem como fragrância predominante essa flor, uma planta venenosa apesar do aroma sublime. A Guerlain, Caron, Van Cleef & Arpels, entre outras marcas, também lançaram perfumes de muguet du bonheur.

Grace Kelly, Audrey Hepburn e Kate Middleton casaram-se com um bouquet de muguet du bonheur.

Boa sorte e felicidades para todos os meus queridos amigos.

Lucia Sweet

Jornalista, fotógrafa e tradutora.

Jornalista, fotógrafa e tradutora.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *