16 de junho de 2025
Lucia Sweet

É preciso não esquecer

É preciso não esquecer os heróis de Varsóvia, os mártires de Treblinka e as crianças de Auschwitz.

Eles lutaram sozinhos, sofreram e viveram sozinhos, mas eles não morreram sozinhos, porque alguma coisa em todos nós morreu junto com eles”. (Elie Wiesel)

Wiesel, um sobrevivente do Holocausto, laureado em 1986 com o prêmio Nobel da Paz, numa época em que o prêmio Nobel da Paz ainda não tinha sido desacreditado, morreu em 2 de julho de 2016, aos 87 anos.

Wiesel disse que o que viu nos campos de concentração e isso o fez perder o desejo de viver por toda a eternidade, mesmo que ele fosse condenado a viver tanto quanto Deus. E que as chamas das cremações consumiram a sua fé para sempre.

Afirmou que “Sempre que houver um ser humano perseguido, eu não permanecerei em silêncio”. Ele também disse: “Temos de tomar partido. A neutralidade ajuda o opressor, nunca a vítima. O silêncio encoraja o torturador, não o torturado”.

Em 2008 Elie Wiesel perdeu para Bernie Madoff as economias da vida inteira e $15 milhões de dólares da sua fundação, a Elie Wiesel Foundation for Humanity, uma organização para promover a tolerância e a igualdade.

Ele recebeu um telefonema de seu filho para avisar que Bernie Madoff tinha sido preso por lesar milhares de investidores num esquema fraudulento.

Assim que desligou o telefone olhou para sua mulher – Marion – e a reação dos dois, segundo ele contou para Oprah foi: “Já vimos coisa pior”.

Assim que a notícia de que a Fundação perdeu tudo foi divulgada, algo muito bonito aconteceu: eles começaram a receber centenas e centenas de cartas com doações, grandes e pequenas, de judeus e não judeus americanos. E essas doações ajudaram muito.

Lucia Sweet

Jornalista, fotógrafa e tradutora.

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Jornalista, fotógrafa e tradutora.

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