“Filhos? Melhor não tê-los, mas se não tê-los, como sabê-los?” O saudoso Vinicius de Moraes não imaginava a potência que seus versos teriam sobre a política tupiniquim. Assistimos incrédulos à artilharia dos pimpolhos do presidente contra o próprio governo, capaz de provocar inveja na oposição e desestabilizar a governabilidade.
Nos últimos três meses, cada um já acumulou sua cota de confusão, a ponto de ministros e aliados perderem a paciência e cargos. O presidente já até os numerou para que ninguém faça confusão (a não ser eles mesmos):
O 01, Senador Flávio Bolsonaro. Atrelado a ele vem o “problema Queiroz”, seu assessor parlamentar que movimentou mais ou menos 1,5 milhão de reais de maneira suspeita quando Flávio ainda era deputado estadual. Cadê o Queiroz? É a pergunta que não quer calar. Até o episódio do Hamas, Flavio andava discreto nas redes sociais. Acompanhante do pai na viagem a Israel, também apareceu mais do que o chanceler e resolveu guerrear com o Hamas pelo Twitter, para desespero da ala que não quer briga com os árabes e não acha prudente provocar terroristas que se explodem em nome de Alá.
No entanto, é Carlos, o 02, o motivo permanente de preocupação dos aliados, pela influência que exerce junto ao pai. Após ter chamado o agora ex-ministro e rival – Bebianno – de mentiroso nas redes sociais, reforçou os ataques até que a situação se tornasse insustentável. A confusão atual, de momento, é contra o vice-presidente Hamilton Mourão, insinuando que o general busca debilitar o presidente.
O Eduardo, o 03, só pra lembrarmos, em outubro, na reta final da campanha, foi revelado um vídeo em que ele afirmava que seria fácil fechar o Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo ele, bastava “um soldado e um cabo” para a tarefa. Depois, após seu pai ser eleito e assumir a presidência, Eduardo passou a posar de “chanceler informal”. Viajando com o pai fez-se de chanceler nos EUA, posando para uma foto ao lado de Jared Kushner, genro do presidente americano, e se deixou fotografar com um boné em que se lia “Trump 2020”. Via Twitter vem, com muita ênfase, promovendo propostas de relações internacionais, como a da mudança da embaixada brasileira para Jerusalém. Influenciou diretamente na escolha do chefe do Itamaraty, Ernesto Araújo.
Ah, sim, ainda esqueci do guru do presidente, o filósofo Olavo de Carvalho, que sempre mete o bedelho, dizendo besteiras e coisas que deveriam pelo menos serem ditas apenas ao presidente, ao pé do ouvido, causando ainda mais estragos.
Redes Sociais são um problema quando mal usadas e mal administradas. Nada contra o uso delas pela presidência, mas é preciso que ele e, apenas ele (o presidente), possua a senha de acesso, aliás item básico de segurança para qualquer um.
As postagens dos filhos no Twitter por seus próprios perfis ou pelo perfil do Presidente (pai) tomam dimensões de “nitroglicerina pura”.
Apenas em algumas ocasiões, Bolsonaro se limitou a dar reprimendas pontuais nos filhos, a quem se refere como “garotos”. A “filhocracia” mostra-se em total descompasso com os verdadeiros anseios do povo.
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