15 de janeiro de 2025
Sylvia Belinky

Doação de órgãos com HIV no Rio de Janeiro

Este assunto vem martelando minha cabeça há semanas, e tenho a impressão de que ele não deveria ficar ultrapassado.

Qualquer um pode imaginar o tamanho do desespero que deve ser precisar “trocar” um órgão seu defeituoso por outro de outra pessoa, que será devidamente “instalado” dentro de você!

Essa, chamemos assim, “invasão de emergência” vai obrigar você a, pelo tempo que viver, tomar remédios contra rejeição, pois seu corpo vai se recusar a aceitar essa condição de, digamos assim, incapacidade.

Assim, além de ter que esperar um tempão por um doador que seja compatível, essa compatibilidade será, até o dia de sua morte, muito relativa!

Tá bom. Admitamos que sua saúde já não estava gloriosa, visto que você precisa de um rim, de um pedaço de fígado ou um coração e isso é um ultimatum: ou aceita ou morre e você, valentemente, aceitou a generosa oferta seja de quem for.

Só que o que aconteceu no Rio de Janeiro é o indizível: o assim chamado Dr. Luizinho, o deputado “dono” do assunto saúde e que lida com transplantes, colocou os seus asseclas cuidando de repassar “os pedaços” contaminados dos mortos”.

E por que isso? Porque o Dr. Luizinho queria que se gastasse menos na verificação desses órgãos, pois queria que sobrasse um “troquinho” para ele e seus bandidos de plantão!

Mas, e os pacientes que seriam operados e passariam por mais esse sofrimento atroz, tendo que tomar, além da medicação antirrejeição, o coquetel anti-Hiv?

Ah! Paciência. Afinal, convenhamos, sua condição era mesmo desesperadora. É necessário agradecer as semanas a mais que viverão e que não estava no script.

E o Dr. Luizinho vai poder comprar mais um carro de luxo, talvez “inteirar” a grana de uma casa nas serras, já que ele mora no Rio, pagar o “recheio “ dos peitos e da bunda de sua mulher, além, é claro, de “repa$$ar” algum para seus asseclas, em sua “rachadinha macabra”!

E será que ele e seus cupinchas serão punidos ou vai ficar tudo por isso mesmo, como ocorre com quase 100% dos casos no Rio de Janeiro?

Pois é… antes, sendo pobre, você sequer conseguia ser internado – agora, quando internado, consegue também ser infectado…

Fora de série, né? Mas vamos em frente que atrás vem gente e, se eu continuar, pode acontecer de virem… atrás de mim!!

Sylvia Marcia Belinky

Tradutora do inglês, do francês (juramentada), do italiano e do espanhol. Pelas origens, deveria ser também do russo e do alemão. Sou conciliadora no fórum de Pinheiros há mais de 12 anos e ajudo as pessoas a "falarem a mesma língua", traduzindo o que querem dizer: estranhamente, depois de se separarem ou brigarem, deixam de falar o mesmo idioma... Adoro essa atividade, que me transformou em uma pessoa muito melhor! Curto muito escrever: acho que isso é herança familiar... De resto, para mim, as pessoas sempre valem a pena - só não tenho a menor contemplação com a burrice!

Tradutora do inglês, do francês (juramentada), do italiano e do espanhol. Pelas origens, deveria ser também do russo e do alemão. Sou conciliadora no fórum de Pinheiros há mais de 12 anos e ajudo as pessoas a "falarem a mesma língua", traduzindo o que querem dizer: estranhamente, depois de se separarem ou brigarem, deixam de falar o mesmo idioma... Adoro essa atividade, que me transformou em uma pessoa muito melhor! Curto muito escrever: acho que isso é herança familiar... De resto, para mim, as pessoas sempre valem a pena - só não tenho a menor contemplação com a burrice!

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