28 de março de 2024
Colunistas Sylvia Belinky

24 anos: Viva “O BOLETIM”

Um dia, há coisa de 4 anos, estando em casa de uma amiga, começamos a falar de escrever, de quem gostava de escrever, e sua irmã comentou que escrevia para um jornal da Internet: toda semana uma crônica.

E a moça, hoje uma querida amiga, companheira de crônicas, Priscila Chapaval, me disse: “Sei que você escreve bem, não gostaria de escrever também para esse jornal? O editor é meu amigo e eu posso te indicar como cronista!

Achei o máximo e ela disse que o editor se chamava Valter e era um cara ótimo. Pediu que eu lhe mandasse uma crônica que, em seguida, ela me daria notícias.

Valter curtiu a crônica que enviei – e que foi também bastante apreciada pela patota acostumada com nomes respeitadíssimos do pedaço – e tornei-me mais uma cronista de “O Boletim”!

“Meu editor” é mesmo um cara ótimo e fui descobrindo isso aos poucos pelos comentários que ele fazia com relação ao que eu enviava e, mais do que tudo, por sua forma franca e leve de escrever, mesmo dando opiniões com as quais eu não concordava!

Bem-humorado, gentil e direto, só tive bons momentos em troca de e-mails, quando me faltou inspiração ou não tinha assunto. As fotos para minhas matérias, de início, eu sempre esquecia. Quando dava tempo, ele me consultava se eu estava de acordo com a escolha dele – e olha eu pedindo desculpas pelo esquecimento! Ele se divertia, me deixando mais do que à vontade. Isso quando, na pressa de publicar, escolhia sozinho e vinha se desculpar por escolhas mais do que excelentes!

Fato é que “O Boletim” passou a fazer parte da minha vida e todas as vezes que, chegando na quinta-feira, eu estava sem inspiração e sem matéria pronta – acabava por desencavar muita coisa escrita há muito tempo que, com uma “garibada”, pareciam recém-escritas…

Tipos diferentes, como um jardineiro que tive chamado Edgar que eu, brincando, chamava de “seu” Edgardner e ele foi “rebatizado” por mim! Três por dois eu ia buscá-lo nos bares ao redor de minha casa: “Seu Edgar, o senhor está bebendo de novo?” E ele, criatura boa demais: “Só uns guaranazinhos, dona Suvia – também fui “rebatizada” por ele…

Ou um vizinho que eu tinha e que assobiava o dia todo e mal pra caramba e que vim a descobrir que a mulher era surda (que sorte, a dela!) ou de um vendedor de bijus (eu A-D-O-R-O bijus) que meu marido detestava que eu comprasse e comesse no carro por motivos óbvios: a quantidade de farelos espalhada…

Fato é que, escrevendo uma crônica por semana, a gente passa a prestar mais atenção no entorno. Acaba, como escreveu lindamente minha falecida tia, Tatiana Belinky, usando os “Olhos de ver”!

E ganhei um amigo querido, que nunca conheci pessoalmente, que fiquei sabendo ser um pé de valsa, adorando sair com sua Vera pra dançar, por um comentário que fez num e-mail que trocamos sobre a crônica que escrevi e que, como eu, curtia os filmes de Sir Sean Connery tendo se entristecido com a morte dele no ano passado…

É uma pessoa cheia de ocupações como professor, editor de jornal e que, mesmo tendo muitas posições que em nada coincidem com as minhas, merece todos os parabéns pelo sucesso de sua “menina dos olhos”!

Sylvia Marcia Belinky

Tradutora do inglês, do francês (juramentada), do italiano e do espanhol. Pelas origens, deveria ser também do russo e do alemão. Sou conciliadora no fórum de Pinheiros há mais de 12 anos e ajudo as pessoas a "falarem a mesma língua", traduzindo o que querem dizer: estranhamente, depois de se separarem ou brigarem, deixam de falar o mesmo idioma... Adoro essa atividade, que me transformou em uma pessoa muito melhor! Curto muito escrever: acho que isso é herança familiar... De resto, para mim, as pessoas sempre valem a pena - só não tenho a menor contemplação com a burrice!

Tradutora do inglês, do francês (juramentada), do italiano e do espanhol. Pelas origens, deveria ser também do russo e do alemão. Sou conciliadora no fórum de Pinheiros há mais de 12 anos e ajudo as pessoas a "falarem a mesma língua", traduzindo o que querem dizer: estranhamente, depois de se separarem ou brigarem, deixam de falar o mesmo idioma... Adoro essa atividade, que me transformou em uma pessoa muito melhor! Curto muito escrever: acho que isso é herança familiar... De resto, para mim, as pessoas sempre valem a pena - só não tenho a menor contemplação com a burrice!

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