19 de abril de 2024
Uncategorized

A Concha e o senta-levanta


Decisão tomada hoje ao ver o cinismo e a falta de educação de uns tipos e umas tipas que vão para a Concha Acústica para esculhambar aquele trecho entre o fosso e os 1ºs degraus do anfiteatro: nunca mais saio de casa para um show ali sem levar pelo menos uns 3 ovos frescos e um badogue com bolas de barro. Já que o povo é cínico e mal educado e esses itens não são armas, eu vou usar com vontade!
A direção da Concha não percebeu ainda que pelo menos aquele espaço entre o fosso e o 1º degrau não deve ter público? Ali deve ser restrito a pessoas com alguma deficiência e à circulação de pessoas credenciadas trabalhando. Os “pedestres” daquele espaço são a pior erva daninha do senta-levanta. Ontem havia dois cadeirantes ali e imagino o inferno que não foi para eles.
Eu estava na primeira fila, a do 1º degrau. No início, quando começaram a mandar sentar, TODO MUNDO na área de circulação do fosso sentou, exceto uma família cínica. Papai, numa camiseta turquesa revestindo uma pança de 40 semanas, mamãezona larga e alta num vestido longo preto floral, e filhota mor balançando os longos cabelos, iguais aos de mamãe, exibindo aquelas luzes capilares que imitam pelo de mico ou de gato malhado.
Todos sentaram, mas mamãe grandona começou a sacudir os dedinhos provocando a plateia atrás dela, jurando que não ia sentar. O único constrangido do trio era papai. Não nego: perdi a compostura e perguntei num volume 10 tons acima da capacidade da minha voz se os três tinham alguma prótese cônica longa e metálica anal que os impedia de sentar, temendo a ruptura dos órgãos próximos ao reto.
Eu sou completamente a favor de gente em pé na Concha, exceto naquela área. Ali deveria ser interditado só para cadeirantes e para a circulação de fotógrafos e cinegrafistas credenciados ou vendedores de coisas da Concha. Sentados na borda do fosso, ok, para quem chega cedo.
E quem quiser me me xingar por conta disso, fique à vontade, pois já me acostumei e não tenho medo de raivinha de rede social.

O Boletim

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *